Paulo de Tarso era um fariseu ilustre e, extremamente, apegado às tradições religiosas. Conhecia, profundamente, as Escrituras do Antigo Testamento e era um zeloso defensor da lei (cf. Gl 1, 13-15). Educou-se na melhor escola da época, tendo como mestre o douto e famoso Gamaliel. Possuía uma vasta e sólida cultura.
Perseguia os cristãos, chegando mesmo a ser cúmplice da morte do diácono Santo Estevão, proto-mártir do cristianismo (cf. At 7, 54-60). Enquanto se dirigia para Damasco, com cartas das autoridades, para prender os cristãos, teve um encontro inesperado com o próprio Jesus Cristo. Este fato ocasionou uma quinada em sua vida. Mudou radicalmente. De perseguidor se tornou apóstolo (cf. At 9, 1-9). De fato, ninguém se pode encontrar, verdadeiramente, com Jesus Cristo e continuar-se o mesmo. Que o digam os grandes convertidos da humanidade, como, por exemplo, Santo Agostinho, Tomás Mérton, Charles de Foucauld e muitos outros.
Por causa de Jesus Cristo, aceitou, de bom grado, todo tipo de sofrimento: longas e desconfortáveis viagens de navio; naufrágios no mar e perigos na terra; açoites e prisões; desconfianças, perseguições e maus tratos. Havia, também, o “espinho na carne”, um tormento que muito o martirizava (cf. 2 Cor 12, 7-9).
Como escritor, São Paulo é um dos exímios hagiógrafos da Bíblia. Dos 27 livros do Novo Testamento, 13 foram escritos por ele. Se acrescentarmos a Carta aos Hebreus, a ele atribuída, este número sobe para 14. Neles se encontram todas as orientações que suas comunidades deviam seguir. Verdadeiras aulas de teologia, de moral, de história, de liturgia e de direito. Prova de sua preocupação e solicitude para com as Igrejas por ele fundadas. Além das constantes visitas, tornava-se presença permanente através de seus escritos. Neles se revelam a severidade e a ternura do apóstolo, na formação dos filhos que gerou mediante a pregação do evangelho.
A exemplo de São Paulo, realizemos, com ardor, o apostolado que Deus nos confiou. Sua eficácia exige, de nós, uma contínua conversão e um profundo amor a Jesus Cristo. Sem isto, nossa vida espiritual e nossas ações ficam estéreis e desprovidas de fundamento. Transformam-se em mera filantropia e, por conseguinte, sem merecimentos para o céu.
Apesar de sua morte, observamos que em sua vida Paulo foi um Homem de Formação e Formador, percebemos isto muito claramente em todas as Cartas Paulinas, onde se percebe a sua base doutrinal e teológica. Paulo não foi apenas um grande estudioso, percebemos que ele funda várias comunidades, e lhes dando embasamento, as já existentes na época.
Um amor sincero e radical a Jesus Cristo nos leva a dizer com o Apóstolo: “Para mim, o viver é Cristo”.
Fonte: http://mccjovens.blogspot.com.br/2013/01/sao-paulo-apostolo-patrono-do-cursilho.html
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