Catequistas de Conquista

sábado, 22 de junho de 2013

"entre todos os nascidos das mulheres, não surgiu quem fosse maior que João Batista"

Como no céu estão muitas estrelas de varios tamanhos e luminosidades, assim entre os santos estão alguns que brilham de uma luz mais intensa. Um destes é São João Batista. Jesus disse falando dele: “Em verdade eu vos digo: entre todos os nascidos das mulheres, não surgiu quem fosse maior que João Batista” (Mt., 11, 11). Ele constitui o fim de uma época e o início duma outra, o ponto de encontro na historia do mundo: é o ultimo profeta do Antigo Testamento e o que iniciou o Novo apresentando o Cristo como o Messias esperado. O mesmo Jesus o chama de limite quando diz: “A lei e os profetas até João Batista” (Lc, 16,16). A sua existência pode ser dividida em três etapas, que exprimem a sua semelhança com o Cristo.


Por primeiro o encontro com Jesus antes de nascer. Duas mulheres se encontram; duas parentes: Maria, jovem, grávida de Jesus; Isabel, sua prima, idosa mas também ela grávida de João. Dois meninos ainda não nascidos que misteriosamente se encontram e se reconhecem. João ainda não fala, mas a sua mãe experimenta no seu corpo o relacionamento dos dois meninos: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou em seu ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo” (Lc., I,41). A vocação de João pode-se comparar com a vocação dum outro grande profeta: Jeremias. Ele diz: “Veio a mim a palavra do Senhor: antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia; antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações” (Jer., I, 4-5). Nesta visita a presença do menino Jesus santifica o menino João e o elege consagrando-o para monstrar ao mundo o Messias.


A segunda etapa é um outro encontro. Todos dois agora têm 30 anos. Jesus inicia a sua missão e para João chegou o momento de apresentar o Messias esperado: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo., 1, 29). É o ponto mais alto da missão de João, mas tambem o momento da sua eclipse, da sua descida. A sua missão está para terminar. Admiramos a grande humildade junta à verdade. Não ha sedução de poder ou de interesse que tenha força de obscurecer a luz de sua consciência. Quando as pessoas perguntaram : “Quem es tu?”, ele com muita honestidade respondeu: “Eu não sou o Cristo. Eu sou a voz de quem grita no deserto” (Jo. 1, 19-23). Não era ele a luz; ele devia somente testemunhar a luz verdadeira. Diz o evangelista João: “Veio um homem, enviado por Deus, seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz” (João, 1, 6-7).

Ele era uma pessoa muita querida; muitos discipulos escutavam com devoção as suas palavras. Mas agora que Jesus inicia a sua missão ele convida o povo para escutar a palavra de Jesus. Ele era somente uma voz; Jesus ao contrario era a Palavra de Deus. Ele deve ir embora. A sua missão está terminada. Por isso diz: “É necessario que Ele cresça e eu diminua” (Jo. , 3,30).

A voz se faz muda. Em redor dele se faz o silêncio, que se conclue com o silêncio do cárcere.



A terceira etapa. A identificação com Cristo no testemunho e na morte. Jesus em frente a Pilatos disse: “Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade” (Jo., 18,37). Por isso foi condenado a morte. Tambem João chegou no mundo para testemunhar a verdade, que o único Messias é o Cristo. Mas tambem para testemunhar a verdade moral. Ao rei Herodes disse claramente: o teu comportamento não é conforme à moral natural. Por isso foi conduzido na prisão e matado, martire da verdade. Com a sua morte João preanuciou a morte de Jesus, que ofereceu a sua vida para testemunhar a verdade da sua divindade.


A voz de João ressoa até hoje. A sua mensagem tem uma grande atualidade.

O fim da sua vida foi de apresentar o Jesus como o Cristo, o Messias. Tambem hoje o povo deseja conhecer o Cristo. Mas precisa que alguem mostre o Cristo. Como cristãos comprometidos, São João nos convida a ser testemunhos de Cristo; mostrar o Cristo na sua totalidade, sem vergonha. Hoje o mundo precisa de Cristo, da sua pessoa, da sua doutrina, do seu carinho, do seu perdão. Esta é a nossa missão como batizados e como crismados: testemunhar Cristo e a sua doutrina na sua totalidade, sem medo.

Como João na realização desta sua missão encontrou a alegria e a felicidade, assim nós podemos chegar à verdadeira paz do coração somente vivendo integralmente a nossa realidade cristã.

João evitou qualquer compromisso com a verdade, com as exigências morais. Até a morte. Hoje se diz que a mensagem de Cristo, apresentada pela Igreja, é dura, que não é possivel escutá-la e pratica-la. Não devemos cair nesta tentação. Como João, tambem nós devemos ser coerentes e apresentar com a nossa vida a beleza da moral cristã, que não é uma moral de opressão mas de libertação. É a palavra de Cristo que nos liberta. A pertença ao Senhor requer o sentido profundo de referência e reconhecimento. Precisa coragem de fazer rupturas. Devemos recuperar a nossa personalidade e ter a força de monstrar a verdadeira autonomia, isto é viver um cristianismo integral. Sem medo. São João nos ofereceu o exemplo; nós devemos imitar-lo.

São João parece perder enfrente à violência do tirano Herodes. Ele pensava que matando o profeta tinha a capacidade de parar a sua voz. Mas na verdade tambem o tirano faleceu e permanece mudo. Ao contrario a voz e a mensagem de João ressoa tambem hoje e continua para sempre. A violência e a maldade nunca podem vencer. No final a verdade vence sempre. Os cristãos hoje são perseguidos; a Igreja parece morrer. Mas isso não é possivel. São João nos exorta: Não tenhais medo. Cristo é o vencedor. Ficais juntos com Ele e tambem vós como eu, sereis os vencedores.

* Mons. Vitaliano Mattioli, nasceu em Roma em 1938, realizou estudos clássicos, filosóficos e jurídicos. Foi professor na Universidade Urbaniana e no Pontificio Instituto São Apollinare de Roma e Redator da revista “Palestra del Clero”. Atualmente é missionário Fidei Donum na diocese de Crato, no Brasil.
Fonte: Zenit


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