Catequistas de Conquista

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A Sagrada Escritura


A Sagrada Escritura


A Sagrada Escritura

Sagrada-Escritura“Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!” (Lc 11,28).

A Carta aos Hebreus, mostra-nos todo o poder da Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras:

“Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do corpo, e das juntas e medulas e discerne os sentimentos e pensamentos do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem haveremos de prestar conta” (Hb 4,12-13).

Aí está o poder da Palavra de Deus.

Ela tem tão grande poder porque é Palavra de Deus e não humana. Isto nos garante o Apóstolo:

“Por isso também damos graças sem cessar a Deus porque recebestes a palavra de Deus, que de nós ouvistes. Vós a recebestes não como palavra de homens, mas como realmente é: Palavra de Deus, que age eficazmente em vós que crestes”(1 Tess 2,13).

Gostaria de destacar isso: “que age eficazmente em vós que crestes”. A santa Palavra de Deus opera (realiza o que significa) naquele que crê, naquele que a recebe e acolhe como Palavra de Deus. Ali ela dá muitos frutos. O Espírito Santo nos ensina essa verdade, pelo profeta Isaías; cuja boca tornou “semelhante a uma espada afiada” (Is 49,2):

“Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não voltam sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado a minha vontade e cumprido a sua missão” (Is 55,10).

A palavra de Deus é transformadora, santificante. São Paulo explica isso a seu jovem discípulo Timóteo, com toda convicção:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, é útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e formar na justiça” (2Tm 3,16).

Ela é portanto um instrumento indispensável para a nossa santificação. Não conseguiremos ter “os mesmos sentimentos de Cristo” (Fil 2,5) sem ouvir, ler, meditar, estudar e conhecer a sua santa Palavra. São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do grego e do hebraico para o latim (Vulgata), dizia que “quem não conhece o Evangelho não conhece Jesus Cristo”.

Jesus nos ensina que “a Escritura não pode ser desprezada”(Jo 10,34). Ele teve profundo respeito e veneração por ela e a empregou muitas vezes. Ao ser tentado no deserto, foi exatamente com o auxílio das Escrituras que Ele se defendeu, lançando de cada vez, no rosto de Satanás, a palavra de Deus.

O tentador fazia de tudo para afastá-lo de sua missão de Salvador dos homens, na forma do “Cordeiro de Deus que tira os pecados do cpa_escola_da_fe_iimundo” (Jo 1,29-36), na forma do “Servo de Javé”, que deveria morrer na cruz. O inimigo queria desviá-lo da missão sagrada que o Pai lhe tinha confiado e, para isso, quer arrastá-lo a um messianismo terreno, glorioso, temporal, cheio de fama e de sucesso.

Quando ele sugeriu a Jesus, transformar as pedras em pães, ouve do Senhor esta sentença: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Deut 8,3), ( Mt 4,4).

Na segunda investida o salteador maldito quer levar Jesus  a jogar-se do alto do templo para ser sustentado pelos anjos, de maneira exibicionista, (Sl 90,11-12); e o Senhor lhe diz: “Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”(Deut. 6,16).

Por fim, ele quer fazer Jesus adorá-lo em troca de todos os reinos do mundo; então o Senhor é enfático: “Para trás Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás” (Deut 6,13).

É impressionante notar que Jesus repetiu por três vezes esta sentença: “Está escrito” [nas Escrituras], e Satanás recua incontinente, pois se trata da eficaz e poderosa palavra de Deus, que ele não tem força e nem capacidade de contestar e reagir contra ela. E a narração termina dizendo que: “O demônio o deixou”(Mt 4,11).

Que poder tem a palavra de Deus! Se Jesus a utilizou assim como uma arma espiritual na luta contra o tentador, quanto mais nós precisamos dela! Assim, é importantíssimo o estudo da Bíblia, de maneira sistemática e organizada, através de um curso bíblico. É preciso trazer a Palavra de Deus no coração, para poder sacá-la, na hora da tentação, como Jesus fez, para nos dar o exemplo.

Só a Igreja católica recebeu de Jesus o encargo de guardar e ensinar as Escrituras. Como disse São Pedro, há “passagens difíceis” (2Pe 3,16) nas Escrituras, cuja interpretação só o Magistério da Igreja, formado pelo Papa e os bispos, pode dar.

A Constituição dogmática do Concílio Vaticano II, “Dei Verbum” (Palavra de Deus), diz:

“A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura , constituem um só depósito da palavra de Deus confiado à Igreja.”

“O ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo.”(n. 10)

No entanto, mesmo sem conhecimento profundo de exegese bíblica, ela é sempre para nós a luz de nossa caminhada na terra.

São Paulo nos garante que: “tudo o que se escreveu, foi escrito para a nossa instrução, a fim de que pela paciência e consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rom 15,4). O mesmo diz o livro de Macabeus, para quem a “consolação está nos livros santos, que estão em nossas mãos” (1Mac 12,9), e que encorajavam o povo “lendo a lei e os profetas”(2 Mac 15,9).

Jesus disse que “a Escritura não pode ser desprezada”(Jo 10,35), e por isso, São Paulo recomendava a Timóteo que se aplicasse à sua leitura (1Tm 4,13).

Jesus é a própria Palavra de Deus, o Verbo de Deus que se fez carne (Jo 1,1s). No livro do Apocalipse, São João viu o Filho do homem… “e de sua boca saía uma espada afiada, de dois gumes” (Ap 1,16). É o símbolo tradicional da irresistível penetração da palavra de Deus.

Penso que São Paulo resume todo o poder da palavra de Deus quando escreve a Timóteo:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e formar na justiça” (2Tm 3,16).

Essa palavra nos questiona, interroga, ilumina, guia, consola, enfim santifica. São Pedro diz que renascemos pela força dessa Palavra.

“cole_o-cd_s---curso-b_blicoPois haveis renascidos, não duma semente corruptível, mas pela palavra de Deus, semente incorruptível, viva e eterna”, (1 Pe 1,23) e, como disse o profeta Isaías: “a palavra do Senhor permanece eternamente”(Is 11,6-8).

Quando avisaram a Jesus que a Sua mãe e os Seus irmãos queriam vê-lo, o Senhor disse:

“Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lc 8,21).

Jesus faz questão de dar relevância à necessidade de “ouvir a palavra e a observar”; a esses ele os ama como ama a sua mãe e os seus irmãos.

Quando aquela mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!”, o Senhor respondeu:

“Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!” (Lc 11,28).

Quando alguém é renovado pelo Espírito Santo sente a necessidade da Palavra de Deus, para guiá-lo e santificá-lo.

Pela boca do profeta Amós, o Espírito Santo disse:

“Eis que vem os dias … em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas fome e sede de ouvir a palavra do Senhor” (Am 8,11).

Graças a Deus esses dias chegaram!

Quando Jesus explicava as Escrituras para os discípulos de Emaús, eles sentiam “que se lhes abrasava os corações” (Lc 24,32). Assim também continua a ser hoje para todo aquele que medita a palavra de Deus. Ela nos purifica no fogo do Espírito Santo. Todos os santos, sem exceção, mergulharam fundo as suas vidas nas Sagradas Escrituras e deixaram-se guiar pelos ensinamentos da Igreja.

Pela meditação diária da Bíblia, o Espírito Santo vai nos santificando, isto é, fazendo com que, passo a passo, tenhamos, como disse São Paulo, “os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fil 2,5).

Prof. Felipe Aquino
Fonte:http://cleofas.com.br/a-sagrada-escritura/

A sagrada escritura na vida da Igreja



A sagrada escritura na vida da Igreja 

“É tão grande a força e a virtude da Palavra de Deus, que ela se torna para a Igreja apoio e vigor e, para os filhos da Igreja, solidez da fé, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (“Dei Verbum”, 21). É necessário que “os fiéis tenham largo acesso à Sagrada Escritura” (“Dei Verbum”, 22).
“O estudo das páginas sagradas deve ser como que a ‘alma’ da sagrada teologia. Também o ministério da Palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura” (“Dei Verbum”, 24).
 A Igreja exorta com ardor e insistência todos os fiéis [...] a que aprendam "a sublime ciência de Jesus Cristo" (Fl. 3, 8) na leitura frequente da Sagrada Escritura. Porque "a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo" (“Dei Verbum”, 25).
Em novembro de 1965, no final do Concílio  Ecumênico  Vaticano II,  Paulo VI, promulgou a Constituição Dogmática “Dei Verbum”. Nela se afirma que “toda pregação eclesiástica, como a própria religião cristã, deve ser alimentada e regida pela Sagrada Escritura”, que constitui “alimento da alma e perene fonte de vida espiritual” (“Dei Verbum”, 21). O Concílio retomou a afirmação de Santo Agostinho de que “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Por isso fez um convite aos cristãos para que se achegassem ao texto sagrado “pela Sagrada Liturgia, pela piedosa leitura e por cursos bíblicos”. Citando Santo Ambrósio, alertou para a necessidade de a leitura da Sagrada Escritura vir acompanhada pela oração, “pois a Deus falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (“Dei Verbum”, 25).
A partir do Concílio, a Igreja começou a incentivar as famílias a terem a sua Bíblia em casa. Por isso, hoje já são poucas as famílias católicas que ainda não têm Bíblia. Se por acaso alguém ainda não a possuir, pode aproveitar as promoções que as livrarias católicas fazem no mês de setembro para adquiri-la.
Ter a Bíblia em casa não é suficiente para um cristão. É preciso também ler o que nela está escrito. E a leitura não pode ser feita da mesma forma como se lê um jornal ou um romance policial. A Bíblia deve ser lida em clima de oração e com o coração voltado para Deus, prestando atenção à mensagem que Ele nos quer passar.
Colocar em prática o que a Bíblia propõe é o grande desafio para os cristãos. Mahatma Gandhi depois de ter lido a Bíblia se desiludiu profundamente com os cristãos que levavam uma vida em total desacordo com os ensinamentos de Jesus. Dizia ele: “Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. O problema são vocês, cristãos, que não vivem o que a Bíblia ensina”.
Aproveitemos não só o mês de setembro, mas todos os dias, para criar maior familiaridade com a Palavra de Deus. Procuremos dar-lhe um lugar de destaque em nossas casas e tirar alguns minutos do dia para ler algum texto bíblico. Se tivermos oportunidade, participemos de círculos e estudos da Bíblia que várias paróquias estão nos oferecendo. Acima de tudo coloquemos em prática o que a Palavra de Deus nos propõe. A exemplo da mãe de Jesus, “que guardava tudo em seu coração”, guardemos a Palavra de Deus, meditando sobre aquilo que ela nos propõe.
Padre André Sampaio de Oliveira 
Pároco da Igreja Nossa Senhora da Misericórdia 
(Fiéis da Língua Inglesa)

Fonte:http://arqrio.org/formacao/detalhes/558/a-sagrada-escritura-na-vida-da-igreja

Setembro: Mês da Biblia

O mês de setembro, para nós católicos do Brasil é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971. Mas desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no ultimo domingo de setembro. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC).
São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e está em quase todas as casas, talvez nem fazemos ideia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade.
A Bíblia – Palavra de Deus – é o fruto da comunicação entre Deus que se revela e a pessoa que acolhe e responde à revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença de Deus e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele.
Nesse mês da Bíblia somos convidados a estudar e refletir sobre esse maravilhoso livro que têm tanto a nos revelar e instruir.

Fonte:http://blog.cancaonova.com/cuiaba/mes-da-biblia/

MENSAGEM DO ARCEBISPO DOM LUÍS PEPEU POR OCASIÃO DO DIA NACIONAL DO CATEQUISTA



MENSAGEM DO ARCEBISPO DOM LUÍS PEPEU AOS CATEQUISTAS DA ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA DA CONQUISTA
POR OCASIÃO DO DIA NACIONAL DO CATEQUISTA
30 de agosto de 2015


Queridos irmãos e irmãs catequistas, nossa saudação de Paz e Bem!
           Gostaríamos de parabenizar-lhes por este dia e apresentar-lhes nossos sinceros agradecimentos pela missão tão importante que vocês desempenham dentro da vida eclesial. Nossa gratidão e nosso reconhecimento pela ação evangelizadora em promover a inserção do catequisando na fé e na comunidade cristã.
            Neste dia 30 de agosto a Igreja celebra o dia nacional do catequista. Vocês, irmãos e irmãs catequistas, através de alegrias e dificuldades, procuram fazer conhecer Jesus às crianças, adolescentes, jovens e adultos, conduzindo-os para a experiência do encontro pessoal com Cristo. Por meio deste trabalho grandioso de catequese, como verdadeiros evangelizadores, vocês procuram formar discípulos e discípulas de Jesus Cristo, encarnando na própria vida a Palavra de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo: seus valores, suas atitudes.
            Jesus Cristo, o Ressuscitado, antes de ser elevado aos céus, falou aos discípulos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda Criatura!” (Mc 16,15). E os discípulos partiram e pregaram por toda parte. Esta missão de levar o Evangelho pelo mundo inteiro, a catequese da “Primeira Comunidade” de seguidores de Jesus, foi se multiplicando até os dias de hoje, favorecendo uma experiência de fé dentro de um processo constante de seguimento a Cristo.
            Vivemos em um mundo tão conturbado, estarrecidos e paralizados diante da violência desenfreada! Assistimos a uma série de crises de valores dentro da sociedade. O egoismo, o individualismo, o indiferentismo, a ganância, tudo isto está ocupando o coração das pessoas que não querem mais escutar a Palavra de Deus. E o catequista, em meio a esta realidade tão desafiadora, tem a sublime missão de abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para que compreendam que a Palavra de Deus é palavra de todos os tempos, uma realidade sempre atual. O catequista faz-se semeador: ele prepara o coração das pessoas, transformando-o em terra boa para acolher a boa semente que é a Palavra de Deus.
            Nunca desanimem, queridos catequistas! A sua missão é muito importante para a evangelização e para a Igreja. Mesmo que vocês nesta árdua missão, cheguem a experimentar momentos sombrios e dificuldades que se afiguram maiores que as suas forças, lembrem-se sempre: O Espírito de Deus pode fazê-los maiores que a própria pequenez. E esta certeza, seguramente, fará com que a missão de vocês, tão árdua e difícil, transforme-se em beleza e em alegria, a alegria provada diante da experiência da formação de cristãos comprometidos com sua fé, com Cristo, com os valores do Evangelho.
            Com imensa gratidão, invoco do Bom Deus, pela intercessão da Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que desçam sobre todos vocês, queridos catequistas, as bênçãos em larguesa e em profusão, a fim de que continuem com fidelidade o anúncio e a vivência da Palavra de Deus, gerando para a Igreja discípulos e discípulas comprometidos com os valores do Evangelho.


                                                                                   Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap

                                                                                        Arcebispo de Vitória da Conquista