São Tomás de Aquino nos ensina:
―Na antiguidade a aparição dos Anjos aos homens era um acontecimento de grande
importância e os homens sentiam-se exatamente honrados em poder testemunhar sua
veneração aos Anjos. A Sagrada Escritura louva Abraão por ter dado
hospitalidade aos anjos e por tê-los reverenciado. Mas, um anjo se inclinar
diante de uma criatura humana, nunca se tinha ouvido dizer antes que o anjo
tivesse saudado a Santíssima Virgem, reverenciando-a e dizendo: Ave.
São Luís Maria Grignion de Montfort nos ensina: ―Deus-Pai só deu
ao mundo seu Unigênito por Maria. Suspiraram os patriarcas, e pedidos
insistentes fizeram os profetas e os santos da lei antiga, durante quatro
milênios, mas só Maria o mereceu, e alcançou graça diante de Deus, pela força
de suas orações e pela sublimidade de suas virtudes. Porque o mundo era
indigno, diz Santo Agostinho, de receber o Filho de Deus diretamente das mãos
do Pai, ele o deu a Maria a fim de que o mundo o recebesse por meio dela.‖
Epístola - Isaías 7,10-15
10.O Senhor disse ainda a Acaz: 11.Pede ao Senhor teu Deus um
sinal, seja do fundo da habitação dos mortos, seja lá do alto. 12.Acaz
respondeu: De maneira alguma! Não quero pôr o Senhor à prova. 13.Isaías
respondeu: Ouvi, casa de Davi: Não vos basta fatigar a paciência dos homens?
Pretendeis cansar também o meu Deus? 14.Por isso, o próprio Senhor vos dará um
sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco.
15.Ele será nutrido com manteiga e mel até que saiba rejeitar o mal e escolher
o bem.
Evangelho - São Lucas 1, 26-38
26.No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade
da Galiléia, chamada Nazaré, 27.a uma virgem desposada com um homem que se
chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. 28.Entrando, o anjo
disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. 29.Perturbou-se ela com
estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. 30.O
anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. 31.Eis
que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32.Ele será
grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de
seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, 33.e o seu reino não terá
fim. 34.Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?
35.Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do
Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti
será chamado Filho de Deus. 36.Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um
filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37.porque a Deus nenhuma coisa é impossível. 38.Então disse Maria: Eis aqui a
serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se
dela.
No Evangelho de hoje,
três aspectos me chamaram à atenção: a fé de Maria que não questiona a vontade
de Deus transmitida pelo anjo, o conteúdo da mensagem do anjo e a obediência
expressa na resposta: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua
palavra”.
Maria recebeu o dom
da divina maternidade porque teve fé e pela fé se torna felizarda. O nascimento
de Jesus é obra da intervenção de Deus, pois Maria concebe sem conhecer homem
algum. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira
totalmente inédita.
O título “Filho de
Deus”, associado à ostentação de poder, foi atribuído aos faraós e a outros
chefes de nações ou impérios, além de ao próprio rei Davi. Muitos discípulos de
Jesus se inclinaram a essa interpretação. Jesus, contudo, sempre se colocou em
relação de filiação com Deus Pai misericordioso e todo amoroso. Filho de uma
jovem pobre e de um carpinteiro, Jesus revela-se como o Filho de Deus humilde e
solidário com os pobres e excluídos, aos quais deseja comunicar a vida divina.
“Eis a serva do
Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!” Palavras muito simples, mas que
atraem responsabilidade. Pois, doravante, aquela pobre menina vai ser depositária
dos desígnios de Deus. Deus entra no tempo por meio do ‘sim’ de Maria, que se
coloca como escrava ao serviço do seu Senhor 24 horas por dia.
Maria é um exemplo de
humildade e obediência ao Pai. Devemos aprender com Maria a darmos sempre o
‘sim’ a Deus acolhendo com humildade a Sua vontade sobre nós e nossas
comunidades.
Maria do ‘sim’,
ensina-me a dizer e viver o meu ‘sim’ a Deus. Amém.
Padre Bantu Mendonça
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