Catequistas de Conquista

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Tua Palavra é lâmpada para meus pés, e luz para os meus caminhos

Tua Palavra é lâmpada para meus pés, e luz para os meus caminhos

Assim como antigamente os navios se orientavam pelos grandes faróis para chegar ao porto, também nós, só conseguiremos trilhar o caminho da vida pela luz da graça de Deus. Mas que luz é esta? “Tua Palavra é lâmpada para meus pés…”.

Em toda a história da salvação, Deus iluminou o caminho de seu povo por meio de sua Palavra, através dos mandamentos dados a Moisés, através dos patriarcas, sábios, profetas. Mas, essa luz resplandeceu em sua plenitude quando Jesus se fez homem: Ele, como diz São João, era a luz do mundo, e a luz brilhou nas trevas (cf. Jo 1).

Há situações em nossa vida que necessitamos de respostas e não encontramos; precisamos de luzes para nos iluminar o caminho e não achamos. Mas, não tenhamos medo quando nos sentirmos desorientados, busquemos ler a Bíblia, pois ela nos traz a Palavra que guia nossos passos, ilumina nossa mente e faz arder nosso coração.

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a Boa-Nova aos pobres. Jesus pronunciou estas palavras na Sinagoga de Nazaré, no início de seu ministério público; elas constituem por assim dizer um título colocado no início de todo o evangelho: Esta é a minha missão – parece dizer Jesus – e estes são seus destinatários! A importância de tais palavras para compreender o espírito do evangelho e a obra de Jesus é, portanto, imensa; dela depende diretamente a compreensão da bem-aventurança: Felizes os pobres de coração: deles é o Reino dos céus.

Naquele dia, na Sinagoga, Jesus disse: “Hoje se cumpriu esta Escritura” (Lc. 4,21). Nós também fechemos o livro do Evangelho do qual ouvimos estes ensinamentos (Lc 4,20): mas nem tudo pode acabar aqui; aliás, num certo sentido, tudo começa neste momento: “Se compreenderdes essas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes (Jo 13,17). A Palavra de Deus cumpre-se de novo cada vez que há alguém que a escuta e a coloca em prática; o “hoje” por Ele pronunciado naquele dia prolonga-se na Igreja e dura ainda.
Também nós, em outras palavras, somos enviados a anunciar a Boa Nova do Evangelho.

A Palavra interpela e provoca no povo uma atitude de conversão.
Diz Santo Agostinho: “ Devemos ouvir o Evangelho como se o Senhor estivesse presente e nos falasse. Não devemos dizer: “Felizes aqueles que puderam vê-Lo”. Porque muitos dos que O viram crucificaram-no; e muitos dos que não O viram creram nele. As mesmas palavras que saíam da boca do Senhor foram escritas, guardadas e conservadas para nós”.

Em todas as épocas da história, sobretudo em épocas de crise, os homens voltaram a alimentar-se da Bíblia, procurando nela um sentido para a sua vida e o encontraram.
S. Paulo afirma: “Toda Escritura inspirada por Deus é útil para instruir e refutar, para corrigir e formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda a espécie de boas obras”. (2Tm 15,4).

Só se ama o que se conhece! Por isso, muitos cristãos reservam, todos os dias, alguns minutos para lerem e meditarem o Evangelho, e assim chegam espontaneamente a um conhecimento profundo e à contemplação de Jesus Cristo.
Seria muito difícil amar a Cristo, conhecê-Lo de verdade, se não se escutasse frequentemente a Palavra de Deus; se não se lesse o Evangelho com atenção, todos os dias. Essa leitura – bastam cinco minutos diários – alimenta a nossa piedade.
É urgente que tenhamos, cada vez mais, mais contato com a Palavra de Deus!

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica afirma: “A Sagrada Escritura dá suporte e vigor à vida da Igreja. É para seus filhos firmeza da fé, alimento e fonte de vida espiritual. É a alma da teologia e da pregação pastoral…
A Igreja exorta, por isso, à frequente leitura da Sagrada Escritura, porque a ignorância das escrituras é ignorância de Cristo” (nº 24).
Nunca devemos considerar-nos suficientemente formados, nunca devemos conformar-nos com o conhecimento de Jesus Cristo e dos seus ensinamentos que já possuímos. O amor pede que se conheçam mais coisas da pessoa amada. Na vida profissional, um médico, um arquiteto, um advogado, se querem ser bons profissionais, nunca dão por concluídos os seus estudos ao saírem da Faculdade; estão sempre em contínua formação. Com o cristão acontece o mesmo. 

Para podermos dar a doutrina de Jesus Cristo, é preciso que a tenhamos no entendimento e no coração: que a meditemos e a amemos.
Com o salmistas repitamos: “Tua Palavra, Senhor, é lâmpada para meus pés, e luz para meu caminho” (Sl 119, 105).

Ide e ensinai… , diz o próprio Cristo a todos nós!

A Igreja convida os féis a conhecerem mais profundamente a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais, e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-lo no mundo, tão necessitado de sua presença.

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