Nele estão representados os diversos caminhos para a santidade: (de baixo para cima) apóstolos, santos inocentes, doutores, reis, monges, virgens, mártires, rainhas, anjos e Nossa Senhora. Ao centro, no alto, a Santíssima Trindade.
Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas, a eles que, segundo a promessa do Filho, o mesmo Pai celeste glorifica? De que lhes servem nossos elogios? Os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem duvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.
Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos profetas, ao senado dos apóstolos, ao numeroso exercito dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os santos e com todos nos alegrarmos. A assembleia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos.
Animemo-nos, enfim, irmãos. Ressuscitemos com Cristo. Busquemos as realidades celestes. Tenhamos gosto pelas coisas do alto. Desejemos aqueles que nos desejam. Apresemo-nos ao encontro dos que nos aguardam.
Antecipemo-nos pelos votos do coração aos que nos esperam. Seja-nos um incentivo não só a companhia dos santos, mas também a sua felicidade. Cobicemos com fervoroso empenho também a glória daqueles cuja presença desejamos. Não é má esta ambição nem de nenhum modo é perigosa à paixão pela glória deles.
O segundo desejo que brota em nós pela comemoração dos santos consiste em que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e nós juntamente com ele apareçamos na glória. Enquanto isso não sucede, nossa Cabeça não como é, mas como se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas como com os espinhos de nossos pecados. É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos. Por enquanto a púrpura não lhe é sinal de honra, mas de zombaria. Será sinal de honra quando Cristo vier e não mais se proclamará sua morte, e saberemos que nós estamos mortos com ele, e com ele escondida nossa vida. Aparecerá a Cabeça gloriosa e com ela refulgirão os membros glorificados, quando transformar nosso corpo humilhado, configurando-o à glória da Cabeça que é ele mesmo.
Com inteira e segura ambição cobicemos esta glória. Contudo para que nos seja lícito espera-la e aspirar a tão grande felicidade, cumpre-nos desejar com muito empenho a intercessão dos santos. Assim, aquilo que não podemos obter por nós mesmos, seja-nos dado por sua intercessão.
-- Dos sermões de São Bernardo, abade (Século XII).
O Santo Padre encontrou-se na tarde deste sábado, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com os seminaristas, noviços, noviças, e os jovens que estão no caminho vocacional.
Em sua reflexão, o Papa Francisco chamou a atenção para um perigo constante, ou seja, a cultura do provisório:
"Eu não culpo vocês. Reprovo esta cultura do provisório que não nos faz bem, pois uma escolha definitiva hoje é muito difícil. Na minha época era mais fácil, porque a cultura favorecia uma escolha definitiva tanto para a vida matrimonial, quanto para a vida consagrada ou sacerdotal, mas nesta época não é fácil uma escolha definitiva. Nós somos vítimas desta cultura do provisório."
O Papa frisou que o chamado é primeiramente uma alegria que não nasce do possuir o último modelo de smartphone, de moto ou carro:
"Digo realmente a vocês que me sinto mal quando vejo um sacerdote ou uma religiosa com um carro chique. Não pode ser assim! Reconheço que o carro seja necessário, pois nos ajuda a nos mover com facilidade. Comprem um carro mais simples. E se você gostou do carro bonito, pense nas muitas crianças que morrem de fome. Somente isso."
O Santo Padre destacou que a "alegria nasce do sentir-se dizer: Você é importante para mim. É isso que Deus nos faz entender. Ao nos chamar, Deus nos diz: Você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama. Tornar-se sacerdote, religioso e religiosa não é antes de tudo uma escolha nossa, mas a resposta a um chamado e um chamado de amor".
"Essa alegria é contagiosa. Não pode haver santidade na tristeza", disse o Santo Padre que deu uma forte indicação aos jovens sobre o voto de castidade, "um caminho que amadurece na paternidade e maternidade pastoral":
"Vocês, seminaristas e religiosas consagrem o seu amor a Jesus, um grande amor; o coração é para Jesus e isso nos leva a fazer o voto de castidade, o voto de celibato. Mas os votos de castidade e do celibato não terminam no momento do voto, continua. Quando um sacerdote não é pai de sua comunidade, quando uma religiosa não é mãe de todos aqueles com os quais trabalha, se tornam tristes. Este é o problema. A raiz da tristeza na vida pastoral é a falta de paternidade e maternidade que vem da maneira de viver mal esta consagração, que nos deve levar à fertilidade. Não se pode pensar num sacerdote ou numa religiosa que não são fecundos: isso não é católico! Isso não é católico! Esta é a beleza da consagração: é a alegria, a alegria".
Enfim, o Papa convidou os presentes a saírem de si mesmos para encontrar Jesus na oração e sair para encontrar os outros, e acrescentou: "Eu desejo uma Igreja missionária":
"Dêem sua contribuição em favor de uma Igreja assim: fiel ao caminho que Jesus quer. Não aprendem conosco, que não somos mais jovens; não aprendam conosco aquele esporte que nós, os velhos, muitas vezes fazemos: o esporte da reclamação. Não aprendam conosco o culto da reclamação. É uma deusa que se lamenta sempre. Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários. Tenham sempre Nossa Senhora com vocês. Rezem o Terço, por favor. Não o abandonem. Tenham sempre Maria em sua casa e rezem por mim, porque eu também preciso de orações, pois sou um pobre pecador." (MJ)
Tony Melendez emociona com sua música e exemplo na Cidade da Fé
22/07/2013
“Com a voz, o violão e o amor de Cristo hoje posso viver esse milagre”. Com essas palavras, o nicaráguo Tony Melendez, hoje residente dos Estados Unidos, foi o artista convidado para encerrar o show do Bote Fé no segundo dia da Cidade da Fé, e atraiu milhares de jovens.
Nascido sem os dois braços, Tony teve uma infância humilde e cresceu sendo zombado pelos amigos da escola. Mas ele nunca ligou para isso. Uma experiência profunda do amor de Cristo, por meio de um beijo do Papa João Paulo II, lhe deu a certeza de que podia fazer muito mais: tocar violão com os pés e evangelizar milhares de pessoas em mais de 42 países que já passou.
Antes de entrar no palco, Tony recebeu fãs. Um deles, Augusto César, incapacitado de uma perna e músico da Banda Dom, se emocionou ao conhecer o ídolo. “Vejo ele desde pequeno e sempre me espelhei nele. É uma motivação, um exemplo de superação e simplicidade. Já é difícil tocar com as mãos, imagina com os pés. Mas ele toca com a vida dele, é uma referência como músico e instrumento de Deus”, disse.
Para ele, a deficiência só pôde ser aceita quando conheceu a Cristo. “Me sentia incompleto, faltava um pedaço. Mas quando Cristo entrou em minha vida, Ele nos preencheu e me completa, a cada dia”, conta.
A argentina Denise Toll de 21 anos também conseguiu encontrar o artista. Ela é uma das voluntárias da Jornada Mundial da Juventude. “Conhecê-lo me dá esperança. Ele é um exemplo para todos nós. Devemos seguir adianta, independente das dificuldades e não podemos nos dar por vencidos, porque com Cristo podemos tudo”.
Durante o show, o cantor emocionou o público. Suas músicas falavam de amor, esperança e gratidão a Deus. Entre as canções, Tony dialogava com os jovens. “Se eu toco violão com pés, imagina o que vocês não podem fazer?
Parte da peregrinação é aproximarmos do nosso Deus. Não tenham medo da maior forca do mundo”, disse.
Ao final, o cantor chamou ao palco seu irmão mais velho, José Angel Melendez.
“Todos sempre olhavam para o Tony como alguém esquisito e estranho. E apesar de tudo que passou, meu irmão jamais teve raiva ou rancor dessas pessoas ou da sua situação. Eu aprendi a amá-lo como Deus o fez. Mas, já desejei que ele não fosse incapacitado. Eu não aceitava. Queria que ele jogasse frisbee, futebol e fosse normal. “, contou.
E, uma vez, Tony escutou o irmão se queixar, foi ao quarto, e voltou com um frisbee no ombro. Ele arremessava o disco com o pé, e agarrava com o queixo. “Algumas vezes caía, mas eu consegui. Assim é na vida, jovens, caímos e levantamos. Devemos olhar sempre para o céu”, concluiu o cantor.
Superação
Esta é décima Jornada Mundial da Juventude que o artista participa e a terceira vez que ele vem ao Brasil. Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Jovens Conectados. Confira
Tony, como é ser figura constante nas Jornadas pelo mundo?
É uma emoção. Tenho muito orgulho de ser católico, e poder ver os jovens de diferentes lugares aqui, de uma maneira diferente do que estamos acostumados lá fora.
O que te movia a não desistir diante das dificuldades?
É difícil entender porque as coisas acontecem, porque são assim, mas Jesus é quem ajuda. Ele dá a força todos os dias.
O que diria aos jovens que vivem momentos difíceis em suas vidas?
Quem disse que ia ser fácil? Jesus morreu em uma cruz! A vida não é fácil. Vocês precisam estudar, trabalhar, com muito ânimo no coração. Conheçam o amor de Deus, e vivam tudo junto Dele.
Você vai conhecer um terceiro papa. O que está sentindo?
É uma honra conhecer o Papa Francisco. Para mim, é uma nova mudança. Ele não teve medo de dizer sim. E sei que muita coisa vai mudar.
Para você, quem é Jesus?
Jesus é amor, felicidade. Eu vivo por Ele e minha meta é conhecê-Lo. Todo mundo deve desejar chegar cada vez mais, todos os dias mais perto Dele.
Estamos sendo catequista PROTAGONISTA ou FIGURANTE??
Assista a palestra ministrada pela Teóloga Maria Auxiliadora, realizada na cidade de Cascavel - PR.
Este filme transporta um conjunto de mensagens muito ricas sobre o ser do catequista.
Em primeiro lugar, destaco a figura do oleiro: parece um monstro, mas com um coração e uma pedagogia de ouro. Faz-me lembrar do filme, a bela e o monstro. O monstro também é capaz de amar, e melhor do que ninguém.
Depois reparo na atitude do aprendiz. Quer aprender, mas o oleiro não ensina tudo. A melhor forma de o fazer é incentivando a trabalhar, a esforçar-se, a não desistir à primeira.
Quando consegue a primeira peça perfeita, não se sente ainda realizado. Quer mais… quer imitar o mestre. Este parece fazer tudo facilmente. Qual o segredo? Está no coração, no amor, em amar o barro, numa força espiritual que brota de dentro e não nas nossas capacidades.
Ah. Descobriu. Mas… o barro ganha vida… e foge… e agora?
É preciso respeitar o barro, a sua essência, a sua identidade. Para isso é preciso criar empatia, saber acolher. Para isso coloca as mãos em posição de acolhimento, como que a convidar. Pelo gesto, e pelo olhar, o barro sente-se respeitado e acolhido.
E vem. E já não é o oleiro a ditar o que quer fazer.
Orienta, acompanha, mas deixa-se conduzir pela dinâmica pessoal do barro.
Porque aquele barro tem dentro de si uma vida própria, e bela, que se revelará no final: a beleza da peça, com uma identidade única, e com um coração próprio.
O catequista é alguém que tem de aprender de Deus.
Alguém que precisa ser, saber e saber fazer. Isso constrói-se, treinando, estudando, fazendo. Sem desistir. Mas só consegue realmente alguma coisa, quando se sente insatisfeito, e não se instala na rotina, considerando as suas capacidades e vontades.
A verdadeira pedagogia vem do coração. Do amor ao outro. Amor que se traduz em empatia, respeito, escuta, diálogo, conhecimento. Com estas atitudes, consegue que a criança se sinta acolhida e respeitada na sua especificidade. Não as trata todas por iguais. Mas escuta, deixando-as descobrir o tesouro que transportam dentro delas. O catequista orienta. Porque ninguém educa ninguém.
Nós é que nos educamos a nós próprios, descobrindo a semente de que somos portadores, e fazendo-a descobrir. Os outros, são apenas modelos, pontos de referência, que ajudam a reflectir e apresentam ideais. Se forem interiorizados, temos educação. Se forem impostos, temos domesticação, que mais cedo ou mais tarde, irá fazer saltar os efeitos com comportamentos desviantes ou traumatizantes."
Padre José Carlos de Azevedo e Sá.
Pároco de duas paróquias: Sequeirô e Lama, Santo Tirso, Diocese de Braga.
Mestre em Multimédia em Educação, na Universidade de Aveiro, sobre o tema “A Web 2.0 na educação para os valores: problema ou desafio?”.
Como evangelizar, integrar e relacionar-se com pessoas com deficiência, que sempre foi um problema social e institucional e essa tarefa antes, restrita à família ou a alguma pessoa que, por alguma razão, assumisse tal papel, como também, às instituições públicas ou privadas, agora, espera-se que as dioceses, paróquias, comunidades de maneira geral incluam e evangelizem pessoas com deficiência que apresentem tais limitações?!
Refletir sobre os fundamentos da catequese inclusiva significa refletir sobre as características de nosso trabalho como evangelizadores (as), escolhidos (as) a dedo pelo Pai para desenvolver esta missão, antes mesmo do nosso nascimento (Jr 1,5).
Na Catequese Inclusiva, propõe-se uma forma de articulação entre eles diferente daquela à qual estamos acostumados.
Há, agora, dispositivos legais favoráveis à inclusão, com base nas leis, e a proposta da Catequese inclusiva, pela qual tenho a maior simpatia, apesar de todos os desafios que coloca para cada um de nós catequistas é considerar a relação entre as pessoas de forma interdependente.Embora nosso trabalho evangelizador e catequético, siga o exemplo de Jesus, através do nosso chamado ser Catequista, aprendemos com elas e nos aperfeiçoarmos a ser o (a )a catequista que o Pai espera que sejamos.
Todas essas considerações são importantes, quando analisamos a questão da Catequese Inclusiva. Se aceitamos pessoas deficientes em uma catequese, e a tratamos com preconceito, teremos a exclusão da inclusão, uma farsa de inclusão mesmo no interior da igreja. Nas classes, onde são ministrados os encontros de catequese, exige uma atenção por parte dos (as) catequistas, mais individualizada para com os catequizandos com deficiência, pois o objetivo, é evangelizar a turma toda.
Na Diocese de Santo Amaro, há a Pastoral da Pessoa com Deficiência, da qual eu coordeno, e uma das linhas de ação desta pastoral, é trabalhar na linha da catequese, e elaborei o Projeto Diocesano de Catequese Inclusiva UMA CATEQUESE DE QUALIDADE PARA TODOS e fruto deste projeto, tive um catequisando autista que recebeu a Primeira Eucaristia no ano de 2004. Público atendido: Crianças na faixa etária a partir de 8 anos Duração: Correspondente ao ano de catequese das paróquias
Período: A partir do 1º semestre de 2.005.
Refletir sobre o Evangelho de Marcos: o ponto de partida do Projeto e também conhecido como Evangelho da cura, acolhia a todos sem discriminar ninguém”
Objetivos: Conduzir os catequizandos a receber o Corpo e o Sangue de Cristo;
Adaptar e incluir todos os catequizandos portadores de deficiências nos encontros de catequese;Incentivar os demais catequizandos a aceitar Jesus nos catequizandos portadores de deficiências;Reconhecer a individualidade de cada catequizando dentro da sua deficiência;Conscientizar, no interior da igreja, as pessoas envolvidas na Pastoral da Catequese a seguir o exemplo de Jesus, Incluir os catequizandos para ouvir a Palavra de Deus;Estruturar os encontros de catequese com atividades para os catequizandos sentirem acolhidos;Conscientizar os catequizandos a construir Deus de forma gradativa em cada encontro com os portadores de deficiência;
Desenvolvimento: Estudo de caso com X paróquias da Diocese de Santo Amaro sob orientação de um padre à luz do Evangelho de Marcos, que é o ponto de partida deste Projeto e também conhecido como Evangelho da cura, Jesus acolhia a todos sem discriminar ninguém. A partir de respostas obtidas por meio de um questionário coletivo respondido por tais catequistas; foi realizada uma pesquisa à luz dos documentos que fundamentam a inclusão no Brasil:Declaração de Salamanca (1.994) – Acesso e Qualidade para Todos, e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1.948);
Metodologia: Inicialmente, os catequistas antes de iniciar o ano letivo de catequese, deverão assistir ao filme Procurando Nemo, uma vez que aborda a realidade das crianças por se tratar de um filme infantil, onde este retrata a situação de uma “Inclusão Aquática”, pois Nemo possui uma nadadeira menor do que a outra e mesmo assim é aceito no grupo, após assistirem ao filme será possível perceber que a coragem e o companheirismo caminham juntos e são passaportes essenciais para uma catequese inclusiva, onde a coragem da catequista está em aceitar o desafio do seu CHAMADO e o companheirismo está inserido na sua vocação ao lidar com o catequizando portador de deficiência;
Avaliação: Este projeto será avaliado à luz da Primeira Eucaristia a ser recebida pelos catequizandos com deficiência.
Dessa forma não é o catequizando que se amolda ou se adapta à igreja, mas é ela que, consciente de sua função evangelizadora, coloca-se adequada a ele, apresentando a ele, um espaço inclusivo. Nesse contexto, a catequese inclusiva é gerada para possibilitar que o catequizando com deficiência, atinja os objetivos da evangelização proposto também no Doc de Aparecida e no CELAM. O espaço catequético, que compreende inclusive o mobiliário, deve receber todo e qualquer catequizando, oferecendo condições propícias para a evangelização que é o aprendizado e interação destes futuros (as) vocacionados (as) no serviço à Deus, a exemplo de Jesus, como ele diz no evangelho: Quando fizeres isto ao menor dos meus irmãos, é a mim que estais fazendo.(MT25,40)
Catequistas, a essência do trabalho revangelizador inclusivo, está em usar os talentos e colocar em prática, a missão confiada a Deus, o (a) catequista Inclusivo, é aquele (aquela) que evangeliza a turma TODA, e pensando em ajudar vocês, tenho dois materiais publicados, e que se encontram disponíveis à venda,
e o Curso online de Catequese Inclusiva Evangelizar nas diferenças e Inclusão: Um ato de amor! http://www.catolicanet.com/?system=cursos&action=view_curso&id=34
Thaís Thaís Rufatto Dos Santos
Pedagogia Pscicopedagogia Consultora Educacional em Educação Inclusiva
abpp Nº 12572
thaisrdossantos@gmail.com
Catequese junto às pessoas com Deficiência - Entrevista com Dom Vilson Dias
1. Como o senhor analisa o trabalho da Igreja no Brasil junto às pessoas com Deficiência?
Existe um grande desafio no trabalho da Igreja, pois a formação de catequese junto à pessoa com deficiência tem se mostrado mais de forma individual por paróquia, em nossas dioceses não existe ainda um trabalho homogêneo. Mas existe um grande avanço no despertar e na preocupação desta formação, hoje temos apoio neste trabalho da Pastoral dos Surdos, Movimento Fé e Luz, Pastoral da Pessoa com Deficiência, temos cursos de extensão com orientação da Catequese Junto a Pessoa com Deficiência no Regional Sul 1 e nos cursos de verão e extensão da UNISAL.
Mas devemos destacar que o avanço das politicas públicas a questão da acessibilidade e de seus direitos na sociedade está mais avançada que na Igreja. A Igreja esta mais aberta e mais acolhedora voltando nos seus primeiros trabalhos das congregações religiosas deste a Campanha da Fraternidade de 2006, mas ainda falta mais acolhida, formação, acessibilidade, precisamos ver que a Igreja é muito viva através da manifestação de fé de uma pessoa com deficiência, a fé é forte, eles falam do amor de Deus através de cada superação que eles vivem, a Igreja precisa criar metodologia para atingir a todos sem barreiras.
Na JMJ (Jornada Mundial da Juventude) ficou claro a participação da pessoa com deficiência muito ativa e a Igreja no Brasil no que diz respeito à Catequese já vem dando vários passos através dos Seminários de Catequese Junto à Pessoa com Deficiência, que até o momento realizou 4 (quatro) em nível nacional.
2. Como atuar melhor pastoralmente para incluir os portadores de deficiência na vida eclesial?
Deficiência Surda: na atuação para melhorar pastoralmente a inclusão da pessoa com deficiência na vida eclesial, trabalharmos a desmistificação de que uma pessoa com deficiência é incapaz, que a pessoa com deficiência tem limitações intransponíveis. Precisa haver mais abertura para que a comunidade surda se sinta acolhida. É bom saber que temos no Brasil quatro padres surdos que trabalham especialmente nesta dinâmica, e um dialogo aberto com a Pastoral dos Surdos. Também é preciso trabalhar liturgicamente a interpretação dos sinais de forma homogênea, porque a Língua de Sinais (LIBRA) é regional, e muitas vezes o surdo tem um português sinalizado e se sente perdido na liturgia e na participação dos sacramentos.
Na deficiência visual: a possibilidade de produção de material de áudio, os documentos da Igreja gravados em áudio para que os deficientes visuais possam ter acesso mais fácil, nem todos os deficientes visuais domina o braile, termos áudio-descrição da liturgia, incluindo os símbolos litúrgicos. É claro que aqueles que para aqueles que aprenderam o Braille já temos acesso à bíblia, catecismos e outros material nesse tipo de leitura.
Na deficiência intelectual: houve um grande avanço e temos casos de deficientes intelectuais em faculdades, casamento liberado já na justiça, o que precisamos é mais abertura na acolhida. Para tanto, devemos contar com o apoio do Movimento Fé e Luz, existente em muitos estados do Brasil.
E a deficiência Física: tem trabalhado a questão de acessibilidade na Igreja. É preciso ter acesso na Igreja e liberdade da aceitação para os trabalhos dentro da mesma. Também podemos contar com o apoio da FCD e nos lugares que te organizado, também com a Pastoral da Pessoa com Deficiência.
Em resumos devemos incluir a todos. É o Senhor Jesus quem chamou os deficientes: “vem para o meio”. Os portadores/as de deficiências devem ser amados, inclusos e sentir o carinho e o amor das nossas comunidades. É preciso evangelizar e deixar-se evangelizar por eles.
Deus abençoe e guarde a todos e todas.
Entrevistadora: Liliane Borges
Rádio Canção Nova
liliane@geracaophn.com
Entrevistado: Dom Vilson dias de Oliveira, DC
Bispo Referencial da Comissão Bíblico-Catequética – CNBB/Sul 1
domvilson@uol.com.br
A Bíblia é a “Carta” de amor por excelência que Deus manifestou para a humanidade. Foi escrita por muitos autores que partiram da mesma fé, ou seja, muitas experiências bem peculiares relatadas em cada conjunto de livros: Pentateuco, Livros Históricos, Livros Sapienciais, Livros Proféticos, Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas Paulinas, Epístolas Católicas e o Livro do Apocalipse. Temos aí o conjunto do Primeiro e Segundo Testamento. São situações permeadas e registradas à luz do Espírito Santo. Ao ser conservada a história do povo de Deus para nossos dias percebemos que também nós somos chamados à superação de tantas dificuldades que enfrentamos em nosso cotidiano. Mesmo que sejam muitas as provações Deus caminha conosco. Isso é fato! A Revelação de Deus à humanidade foi transmitida e registrada na Bíblia em dois estágios diferentes e complementares: Tradição oral e escrita. Tais experiências salvíficas não eram para ficar em um único período da história. Quando meditamos a Palavra de Deus nos transportamos para a situação vivida pela comunidade e nos indagamos acerca da mensagem que anima e estimula as pessoas. Rezar com a Bíblia é um dos presentes que devemos dar ao nosso coração. Como já dizia Santo Agostinho: “Vós o incitais a que se deleite nos vossos louvores, porque nos criastes para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós”.[1] É claro que esse processo de memória e escrita foi realizado na parceria de Deus com a humanidade. Por isso que chamamos história da salvação, dirigida a todos nós seus filhos e filhas, muitas vezes ingratos e insensíveis.
A prudente mediação divina nos orienta: quando lemos algo devemos estabelecer critérios para um melhor desempenho e assimilação do que nos é fornecido no texto e sua aplicação na nossa história. No campo religioso é de bom tom atitudes de oração, ruminação e assimilação das inquietações propostas no texto sagrado, sempre guardadas as devidas proporções. A partir dessas perspectivas vemos que quando a Palavra de Deus vem ao nosso encontro não cabe a nós guardá-la, mas socializar as benesses advindas de tão providencial gesto amoroso de Deus que nos quer cônscios de sua vontade e plenos de seu amor. Estamos situados em uma determinada comunidade de fé. Para facilitar elencamos algumas modalidades de leituras a serem evitadas para não tirarmos a originalidade do texto sagrado, com suas respectivas intuições existenciais e pastorais para os dias de hoje.
1 Leitura Fundamentalista: o texto genuinamente como se apresenta, literal
§ Só na Bíblia existe a ação única de Deus e pronto
§ Só nela existe o conjunto de verdades sobre Deus
§ De cunho anti-histórico, ou seja, tomado ao pé da letra sem a situação atual do seu contexto. Quando se fecha aos sinais de Deus no cotidiano. Se mostra anti-ecumênica
· Atitudes: alimenta o autoritarismo, cria clima sectário, fechamento e intolerância religiosa: Mt 12,46-50; Mt 13,53-58.
2 Leitura Doutrinarista: o texto usado para justificar normas religiosas
Ø Busca de doutrinas religiosas que eu preciso saber para me salvar
Ø Imagem de Deus racional, regulador, alguém impositivo
Ø Exacerbada preocupação em saber o que é a doutrina
Ø Primeiramente a “doutrina” e depois a vida humana
· Atitudes: a Bíblia se torna elemento de salvação de um grupo apenas, zelo exagerado pelas normas religiosas, esse tipo de mentalidade pode gerar hipocrisia e de certeza única: Lc 6,1-5; Jo 8,57-59; (Jo 10,22-39).
3 Leitura Moralista: o texto para fins de julgamentos externos
* Visão reducionista da realidade: boa ou má
*A Bíblia como manual de conduta religiosa que todos os cristãos devem observar para não se condenarem
· Atitudes: a imagem de Deus é como alguém: rígido, castigador, fiscal. Condenar / salvar. Isso gera deturpação dos valores: Lc 5,27-32; Mt 9,9-13; (Mc 3,1-5).
4 Leitura Intimista: o texto exclusivamente à luz de minha experiência “mística”
v Prevalecimento exagerado do sentimento pessoal
v Vontade direcionada através do sentimentalismo sem senso de razoabilidade
· Atitudes: minha imagem de Deus é triunfalista, light, sou o centro do amor de Deus, visão única e pessoal de Deus. “Ele me revelou...” Mt 17,4.
5 Leitura Academicista: Justificar conhecimento intelectual ou defender racionalmente um ou vários pontos de vista que me agrada
· A Bíblia como fonte de conhecimento intelectual apenas
· Racionalização do religioso em detrimento do espiritual
· Tirar dúvidas e satisfazer curiosidade intelectual para justificar algo
· Atitudes: limites sérios para atualizar a Palavra de Deus, Bíblia como elemento prático, objetivo, mentalidade subjetiva ou conceitual da realidade: Mt 11,25-26.
PERGUNTAS PARA MEDITAÇÃO PESSOAL:
Minhas leituras bíblicas são condicionadas por alguma dessas maneiras?
A meditação nos faz colocar a caminho do que Deus pede de nós. Conseguimos fazer essa meditação diária?
Continuando as catequeses sobre a Igreja, hoje gostaria de olhar para Maria como imagem e modelo da Igreja. Faço isso retomando uma expressão do Concílio Vaticano II. Diz a Constituição Lumen gentium: “Como já ensinava Santo Ambrósio, a Mãe de Deus é figura da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (n. 63).
1. Partamos do primeiro aspecto, Maria como modelo de fé. Em que sentido Maria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem era a Virgem Maria: uma moça judia, que esperava com todo o coração a redenção do seu povo. Mas naquele coração de jovem filha de Israel havia um segredo que ela mesma ainda não conhecia: no desígnio do amor de Deus estava destinada a tornar-se a Mãe do Redentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus chama-a “cheia de graça” e lhe revela este projeto. Maria responde “sim” e daquele momento a fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus, o Filho de Deus que dela se fez carne e no qual se cumprem as promessas de toda a história da salvação. A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo, encarnação do amor infinito de Deus.
Como Maria viveu esta fé? Viveu na simplicidade das mil ocupações e preocupações cotidianas de toda mãe, como fornecer o alimento, a vestimenta, cuidar da casa… Justamente esta existência normal de Maria foi terreno onde se desenvolveu uma relação singular e um diálogo profundo entre ela e Deus, entre ela e o seu Filho. O “sim” de Maria, já perfeito desde o início, cresceu até o momento da Cruz. Ali a sua maternidade se espalhou abraçando cada um de nós, a nossa vida, para nos guiar ao seu Filho. Maria viveu sempre imersa no mistério de Deus feito homem, como sua primeira e perfeita discípula, meditando cada coisa no seu coração à luz do Espírito Santo, para compreender e colocar em prática toda a vontade de Deus.
Podemos fazer-nos uma pergunta: deixamo-nos iluminar pela fé de Maria, que é nossa Mãe? Ou a pensamos distante, muito diferente de nós? Nos momentos de dificuldade, de provação, de escuridão, olhamos para ela como modelo de confiança em Deus, que quer sempre e somente o nosso bem? Pensemos nisso, talvez nos fará bem encontrar Maria como modelo e figura da Igreja nesta fé que ela tinha!
2. Vamos ao segundo aspecto: Maria modelo de caridade. De que modo Maria é para a Igreja exemplo vivo de amor? Pensemos em sua disponibilidade para com a prima Isabel. Visitando-a, a Virgem Maria não lhe levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria plena. Isabel e Zacarias estavam felizes pela gravidez que parecia impossível em sua idade, mas é a jovem Maria que leva a eles a alegria plena, aquela que vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no partilhar, no ajudar, no compreender.
Nossa Senhora quer trazer também a nós o grande presente que é Jesus e com Ele nos traz o seu amor, a sua paz, a sua alegria. Assim é a Igreja, é como Maria: a Igreja não é um negócio, não é uma agência humanitária, a Igreja não é uma ONG, a Igreja é enviada a levar Cristo e o seu Evangelho a todos; não leva a si mesma – se pequena, se grande, se forte, se frágil, a Igreja leva Jesus e deve ser como Maria quando foi visitar Isabel. O que levava Maria? Jesus. A Igreja leva Jesus: este é o centro da Igreja, levar Jesus! Se por hipótese, uma vez acontecesse que a Igreja não levasse Jesus, aquela seria uma Igreja morta! A Igreja deve levar a caridade de Jesus, o amor de Deus, a caridade de Jesus.
Falamos de Maria, de Jesus. E nós? Nós que somos a Igreja? Qual é o amor que levamos aos outros? É o amor de Jesus, que partilha, que perdoa, que acompanha, ou é um amor aguado, como se diluísse o vinho com água? É um amor forte ou frágil, tanto que segue as simpatias, que procura um retorno, um amor interessado? Outra pergunta: Jesus gosta do amor interessado? Não, não gosta, porque o amor deve ser gratuito, como o seu. Como são as relações nas nossas paróquias, nas nossas comunidades? Nós nos tratamos como irmãos e irmãs? Ou nos julgamos, falamos mal uns dos outros, cuidamos de cada um como o próprio jardim, ou cuidamos uns dos outros? São perguntas de caridade!
3. Brevemente um último aspecto: Maria modelo de união com Cristo. A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria rezava, trabalhava, ia à sinagoga… Mas cada ação era cumprida sempre em união perfeita com Jesus. Esta união alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal e sobre a morte.
É muito bonita esta realidade que Maria nos ensina: ser sempre mais unidos a Jesus. Podemos perguntar-nos: nós nos lembramos de Jesus somente quando algo não vai bem e temos necessidade ou a nossa relação é constante, uma amizade profunda, mesmo quando se trata de segui-Lo no caminho da cruz?
Peçamos ao Senhor que nos doe a sua graça, a sua força, a fim de que na nossa vida e na vida de cada comunidade eclesial reflita-se o modelo de Maria, Mãe da Igreja. Assim seja!
Prepare um ambiente bem acolhedor, utilizando elementos que nos ajudem a refletir sobre o mês missionário. Se possível, prepare um pequeno altar, com toalhas nas cores missionárias, flores, o globo, uma imagem de Nossa Senhora e no chão, em direção ao altar, faça pequenos chinelinhos (de EVA) com a mensagem: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos!” (Mt 28,19). O molde do chinelinho, encontrei no blog Pequeno Gigante.
Acolhida – Acolher os catequizandos com alegria e cânticos animados. Se possível, usar cânticos que falem de missão.
Sugestão: O Senhor me chamou a trabalhar
1. O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande ceifar. A Ceifar, o Senhor me chamou, Senhor, aqui estou! Senhor aqui estou!
Coro: Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei até o fim contigo! Está na hora, o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou! Senhor, aqui estou!
2. Dom de amor é a vida entregar, falou Jesus e assim o fez. Dom de amor é a vida entregar, chegou a minha vez! Chegou a minha vez!
3. Todo o bem que na terra alguém fizer, Jesus no céu vai premiar. Cem por um, já na terra ele vai dar, no céu vai premiar! No céu vai premiar!
4. Teu irmão a tua porta vem bater, não vai fechar o teu coração. Teu irmão ao teu lado vem sofrer, vai logo socorrer! Vai logo socorrer. Oração Inicial
Fazer um momento de reflexão. Pedir para cada catequizando observar o ambiente em sua volta. Os chinelinhos representam cada um dos catequizandos. Neste momento, pode-se colocar uma música suave e pedir para que todos fechem os olhos e pensem um pouco em suas atitudes... Estou amando a Deus em primeiro lugar e falando Dele com amor para todos, ou tenho vergonha de demonstrar meu amor à Deus? Estou amando meus irmãos como Jesus me amou? ...
A catequista Sheila postou em seu blog uma excelente reflexão que pode nos ajudar a conduzir melhor este momento. Clique Aqui!
Evangelho do dia – Mt 23, 1-12
Motivação (ver)
- No encontro anterior, dividimos a turma em cinco grupos e pedimos para cada grupo pesquisar sobre um continente. Neste momento, os grupos devem apresentar para a turma, tudo o que conseguiram descobrir sobre o seu continente.
Colocação do tema (julgar)
- Explicar o que é o terço missionário e propor a turma um terço bem dinâmico. Cada grupo deve rezar com muita fé, um mistério do terço, oferecendo ao continente que pesquisou.
Agir Transformador (ação)
- Procurar ser missionário na sua comunidade, atendendo ao apelo de Jesus: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos!”
Atividade – Livre Oração Final – Oferta de rosas à Nossa Senhora
Prepare uma flor de cinco pétalas para cada catequizando. Pedir para cada um escrever um pedido na flor e dobrar as pétalas. Coloque uma vasilha com água no centro da sala e peça para cada catequizando oferecer a sua flor à Nossa Senhora. Depois que todos fizerem sua oferta, reflita sobre o que aconteceu. O que representam as flores que se abriram? Será que estamos rezando com amor e pedindo com fé? Explicar que Nossa Senhora acolhe com carinho todos os nossos pedidos e sempre intercede por nós junto a Jesus. Concluir este momento com a oração da Ave Maria.
Outubro é mês das missões e dos missionários.Trata-se de missionários, padres, religiosos e leigos que deixam sua pátria e vão viver e anunciar o Evangelho em outros países.
São pessoas que deixaram a pátria e a família só por causa de Jesus Cristo e por causa do Evangelho! Mas não esqueçamos, que eles partiram de uma comunidade... Uma Igreja que não tem missionários é uma Igreja pobre, sem idealismo, sem futuro. É uma Igreja doente! Um dia Jesus chamou seus discípulos e os enviou a anunciar o Evangelho. Hoje Ele chama cada um de nós e nos envia a anuncia-lo, com nossa palavras e nossas ações. Nesta missão de Evangelizar, os nossos exemplos são mais importantes que nossas palavras.
A Igreja é missionária. Recebeu de Jesus a missão de ir a todos os povos anunciar o Evangelho e fazer discípulos. Esta é a marca da Igreja: EVANGELIZAR. A Catequese como educação permanente e comunitária da fé, anuncia a palavra de Jesus. Forma comunidade. Faz discípulos. É missionária. A Catequese não quer apenas aprofundar a fé, mas sobretudo fazer dos catequizandos missionários que atuem no mundo como cristãos. Isto não é compromisso de alguns, mas de todos. A Igreja torna-se sinal, a Catequese torna-se viva e renovada, quando é missionária e forma missionários.
Padre Evaldo dá uma volta pelo Santuário Nacional de Aparecida e mostra locais quase nunca vistos, no programa Bem-vindo Romeiro dedicado a Nossa Senhora.
No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.
Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por ocasião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.
A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.
A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.
Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.
Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.
O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.
A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.
Este gigante da santidade era fisicamente de modesta estatura, tinha barbicha rara e escura. E, no plano cultural, ainda mais modesto. Conhecia o provençal, ensinado pelo pai, por ter feito algumas leituras de romances de cavalaria. Era um hábil vendedor de tecidos, ao lado de um pai que lhe enchia a bolsa de moedas. Nas alegres noitadas com os amigos, Francisco não media despesas. Participou das lutas entre as cidades e conheceu a humilhação da derrota e de um ano de prisão em Perúgia.
No regresso, fez-se armar cavaleiro pelo conde Gualtério e esteve a ponto de partir para a Apúlia; mas em Espoleto, “pareceu-lhe ver”, conta são Boaventura na célebre biografia, “um palácio magnífico e belo, e dentro dele muitíssimas armas marcadas com a cruz, e uma voz que vinha do céu: São tuas e dos teus cavaleiros”.
A interpretação do sonho veio-lhe no dia seguinte: “Francisco, quem te pode fazer mais bem, o senhor ou o servo?” Francisco compreendeu, voltou sobre seus passos, abandonou definitivamente a alegre companhia e enquanto estava absorto em oração, na igreja de São Damião, ouviu claramente o apelo: “Francisco, vai e repara a minha Igreja que, como vês, está toda em ruínas”.
O jovem não fez delongas e, diante do bispo Guido — a cuja presença o pai o conduzira à força para fazê-lo desistir —, despojou-se de todas as roupas e as restituiu ao pai.
Improvisou-se em pedreiro e restaurou do melhor modo possível três igrejinhas rurais, entre as quais Santa Maria dos Anjos, dita Porciúncula. Uma frase iluminante do Evangelho indicou-lhe o caminho a seguir: “Ide e pregai... Curai os enfermos... Não leveis alforje, nem duas túnicas, nem sapatos, nem bastão”.
Na primavera de 1208, 11 jovens tinham-se unido a ele. Escreveu a primeira regra da ordem dos frades menores, aprovada oralmente pelo papa Inocêncio III, depois que os 12 foram recebidos em audiência, em meio ao estupor e à indignação da cúria pontifícia diante daqueles jovens descalços e mal-vestidos.
Mas aquele pacífico contestador teve também a solene aprovação do sucessor, Honório III, com a bula Solet annuere, de 29 de novembro de 1223.
Um ano depois, na solidão do monte Alverne, Francisco recebeu o selo da Paixão de Cristo, com os estigmas impressos em seus membros. Depois, ao aproximar-se da “irmã Morte”, improvisou seu “Cântico ao irmão Sol”, como hino conclusivo da pregação de seus frades. Por fim, pediu para ser levado à sua Porciúncula e deposto sobre a terra nua, onde se extinguiu cantando o salmo "Voce mea", nas vésperas de 3 de outubro.
Visita a Assis SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2013, 7H36
Francisco falou do perigo de ceder à mundanidade, que mata a alma e a própria Igreja
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa teve encontro com pobres assistidos pela Cáritas em Assis. Foto: Rádio Vaticano
Dando continuidade à sua visita a Assis, na Itália, nesta sexta-feira, 4, Papa Francisco encontrou-se com os pobres assitidos pela Cáritas. Ele falou com os presentes espontaneamente, dando como lido o discurso previamente preparado.
Francisco destacou que todos formam a Igreja, que todos devem andar pelos caminhos de Jesus, que percorreu uma estrada de despojamento, de si mesmo. Ele ressaltou que Jesus tornou-se servo, foi humilhado até a cruz, e este é o único caminho para quem deseja ser um verdadeiro cristão.
“Mas não podemos fazer um cristianismo mais humano – dizem – sem cruz, sem Jesus, sem despojamento? Deste modo, nos tornaremos cristãos de doceria, como belas tortas, como belos doces! Belíssimos, mas não cristãos de verdade!”.
O Santo Padre explicou que a Igreja deve despojar-se de um perigo grave que é o da mundanidade. Ele disse que o cristão não pode conviver com o espírito do mundo, que leva à maldade, à prepotência, ao orgulho. “Isto é um ídolo, não é Deus. É um ídolo! E a idolatria é o pecado mais forte!”.
O naufrágio ocorrido ontem em Lampedusa foi lembrado pelo Papa quando ele citou que tantos dos presentes ali no encontro estavam despojados neste “mundo selvagem”, que não dá trabalho, que não ajuda, que não se importa se crianças morrem de fome.
“O espírito do mundo faz estas coisas. É ridículo que um cristão – um cristão verdadeiro – que um padre, que uma irmã, que um bispo, que um cardeal, que um Papa, queira andar no caminho da mundanidade, que é um comportamento homicida. A mundanidade espiritual mata! Mata a alma! Mata as pessoas! Mata a Igreja!”.
Ele recordou, enfim, o despojamento de São Francisco, que o fez quando ainda era jovem, ainda não tinha forças suficientes. Foi Deus quem deu a São Francisco essa força, para recordar os ensinamentos de Jesus sobre esse espírito do mundo.
“Que o Senhor nos dê a coragem de nos despojarmos, mas não de 20 euros, despojar-nos do espírito do mundo, que é a lepra, o câncer da sociedade! E o câncer da Revelação de Deus!
Ao final do encontro, o Papa agradeceu a todos pelo acolhimento e pediu que rezassem por ele. Depois, ele seguiu para uma visita privada à Igreja de Santa Maria Maior e depois à Basílica de São Francisco, onde visitou o túmulo do santo. Mais tarde, ele celebrou a Santa Missa na Praça São Francisco de Assis.
Fonte: http://papa.cancaonova.com/em-encontro-com-pobres-papa-pede-despojamento-do-espirito-mundano/
Visita a Assis SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2013, 7H30
Papa Francisco destaca três aspectos que a vida de São Francisco ensina: a relação vital com Cristo, que quem O segue recebe a verdadeira paz e o respeito pela criação
Kelen Galvan
Da Redação
“Quem segue a Cristo recebe a verdadeira paz”, afirmou o Papa Francisco (Foto: Clarissa Oliveira / CN Roma)
Cerca de 50 mil pessoas participaram, nesta sexta-feira, 4, da Santa Missa, presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Francisco, em Assis, na Itália. O Pontífice visita a cidade do santo, cujo nome escolheu para seu Pontificado, neste dia em que a Igreja Católica celebra sua memória.
O Santo Padre agradeceu a todos os que foram a Assis para rezar com ele, e afirmou que, como tantos peregrinos, foi à cidade para “bendizer ao Pai por tudo o que quis revelar a esses pequeninos”.
O Papa recordou que Francisco, filho de um conhecido rico da cidade, após ter um encontro com o Senhor, despejou-se de uma “vida cômoda”, e escolheu viver como verdadeiro filho do Pai que está no Céu. “Essa história vivida por São Francisco, constitui uma maneira radical de seguir a Cristo”, ressaltou.
O Pontífice destacou três aspectos que a vida de São Francisco nos ensina: a relação vital com Cristo, que quem O segue recebe a verdadeira paz e o respeito pela criação.
O primeiro aspecto diz da realidade fundamental de que “ser cristão é uma relação vital com Cristo, é assimilar-se com Ele”. E esse caminho de Francisco começa “do olhar a Cristo”, explica o Santo Padre.
“Quem se deixa olhar por Jesus crucificado é re-criado, transforma-se numa ‘nova criatura’. Daqui parte tudo: é a experiência da Graça que transforma, o ser amado sem mérito, mesmo sendo pecadores”, afirmou.
O Evangelho de hoje (cf. Mt 11, 25-30) destaca: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”, e esta é a segunda coisa que Francisco dá testemunho, afirmou o Papa. “Quem segue a Cristo recebe a verdadeira paz, a paz que só Ele nos pode dar”.
O Pontífice explicou que a paz que Francisco acolhe e transmite não é uma paz “piegas”, nem uma espécie de energia panteísta com as energias do cosmos. “Isso não é franciscano”, afirmou.
Pelo contrário, “A paz de São Francisco é aquela de Cristo, e a encontra quem “toma sobre si o seu jugo”, isso é, o seu mandamento: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’. E este jugo não se pode levar com arrogância, com presunção, com soberba, mas somente se pode levar com mansidão e humildade de coração”, explicou o Santo Padre.
Por fim, o terceiro aspecto que nos ensina São Francisco é o amor por toda a criação, por sua harmonia. “O Santo de Assis dá testemunho de respeito por tudo aquilo que Deus criou… onde o homem deve estar ao centro da criação”.
Nesse momento, o Papa pediu novamente para que cessem os conflitos armados e que sejam ouvidos “os gritos dos que sofrem”, na Terra Santa, no Oriente Médio e em todo o mundo.
“Respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição! Respeitemos cada ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, silenciem-se as armas e então o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união”, afirmou.
No término da Celebração, o Pontífice fez a tradicional oferta do óleo para a lâmpada votiva a São Francisco.
Papa destacou necessidade de se ouvir as chagas de Jesus
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa Francisco iniciou na manhã desta sexta-feira, 4, a visita à cidade de Assis na Itália. É a primeira vez que o Santo Padre vai à cidade do santo que inspirou seu nome de pontificado. A visita acontece no dia em que a Igreja celebra São Francisco de Assis.
A primeira atividade do Papa foi com as crianças portadoras de deficiência e doentes do Instituto Seráfico de Assis. Após ser recebido pelas autoridades, Francisco fez um discurso espontâneo para as crianças, dando por lido o que havia preparado.
Citando o que uma mulher lhe havia falado, que ali eles estavam entre as chagas de Jesus e que estas precisavam ser escutadas, o Papa recordou o episódio em que Jesus caminhava entre os discípulos tristes, e fez com que eles vissem suas chagas e então os discípulos O reconheceram.
“Aqui Jesus está escondido nestes rapazes, nestas crianças, nestas pessoas. No altar adoramos a Carne de Jesus; neles encontramos as chagas de Jesus. Jesus escondido na Eucaristia e Jesus escondido nestas chagas”.
Francisco destacou então a necessidade dessas chagas serem escutadas, talvez não tanto pelos jornais, o que dura um ou dois dias, mas pelos que se dizem cristãos.
“O cristão adora Jesus, o cristão procura Jesus, o cristão sabe reconhecer as chagas de Jesus. E hoje, todos nós, temos a necessidade de dizer: ‘estas chagas precisam ser ouvidas’”.
O Papa destacou então a esperança que é a presença de Jesus na Eucaristia. Ele lembrou que, ao ressuscitar, Cristo não tinha feridas em seu corpo, mas estava belo. “As chagas de Jesus estão aqui e estão no Céu diante do Pai. Nós cuidamos das chagas de Jesus aqui e Ele, do Céu, nos mostra as suas chagas e diz a todos nós: ‘estou te esperando’. Assim seja”.
Missionárias (POM) apresentaram à imprensa, nesta quarta-feira, 18, os subsídios da Campanha Missionária 2013, cujo tema é “Juventude em Missão”. Promovida anualmente, no mês de outubro, a iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção dos cristãos sobre o seu compromisso com a missão universal da Igreja.
Participaram da coletiva, na sede das POM em Brasília (DF), dom Sérgio Arthur Braschi, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da CNBB, padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM e padre Estêvão Raschietti, diretor do Centro Cultural Missionário (CCM).
“A Igreja é por sua natureza missionária. Ela não pode existir se não levar a todos os povos a Boa Notícia de Cristo”, explicou dom Sergio. “Essa dimensão é motivada anualmente através da Campanha Missionária que ajuda as comunidades a intensificarem a sua formação e aprofundar essa dimensão da vida cristã”. Dom Sérgio recordou que, a reflexão da Campanha sintoniza com o Congresso Missionário Americano e Latino-Americano (CAM 4 – Comla 9), a realizar-se na Venezuela no mês de novembro de 2013, ano em que se comemora os 170 anos de fundação da Obra da Infância Missionária (IAM).
Ao falar do tema da Campanha, “Juventude em Missão”, dom Sergio lembrou que este está em linha com a Campanha da Fraternidade 2013 e a Jornada Mundial da Juventude. O lema, “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), do profeta Jeremias, é direcionado ao jovem. “Não é a pessoa que escolhe, mas é uma chamada de Deus ao jovem profeta e ele então dizia: ‘eu sou muito jovem, não tenho condições’. São palavras que muitas vezes nós dizemos diante dum convite. Então vem a resposta de Deus: ‘A quem eu te enviar, irás’. Por isso é uma Campanha muito importante e entusiasmante por que vai direto aos corações dos jovens”, disse o bispo, para em seguida agradecer aos meios de comunicação pelo trabalho de divulgação.
Padre Camilo Pauletti apresentou os vários subsídios da Campanha Missionária: o cartaz, a Novena (190 mil exemplares), o DVD (22 mil cópias) com testemunhos, 8 milhões de folhetos com as orações dos fiéis e 11 milhões de envelope para as ofertas. Estes já foram enviados às 276 dioceses e prelazias do Brasil. O material pode ser baixado do site das POM (www.pom.org.br).
“O cartaz apresenta o globo e jovens a caminho. A missão nunca olha só ao redor da gente, mas para o mundo. Por isso, no Evangelho Jesus envia a todas as nações”, disse padre Camilo. “Fazemos os subsídios com destaque para os testemunhos que nos últimos anos tiveram maior recepção. É também uma forma de motivar para a consciência missionária que é o objetivo da Campanha, informar, promover, animar a nossa Igreja para que seja cada vez mais missionária”.
O DVD e o livrinho da Novena destacam o testemunho de jovens missionários em várias situações, no Brasil e além-fronteiras. “As páginas centrais do livrinho trazem a Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, o penúltimo domingo de outubro (este ano dias 20). É uma oportunidade para os cristãos, de forma concreta, fazerem a sua oferta através do envelope, além de rezar e estar em sintonia com os missionários no mundo”, reforçou padre Camilo.
Padre Estêvão Raschietti, por sua vez, destacou o sentido da Campanha Missionária para a Igreja. “A palavra Missão abarca toda a ação da Igreja. Os batizados são missionários pelo próprio batismo. Isso faz parte da vocação cristã”, defendeu padre Estêvão. Na sequência, chamou a atenção para três aspectos da missão. “Existe uma missão que é mais difícil das demais, onde a Igreja não está presente e não é bem vinda. Essa é a missão ad gentes, e como diz João Paulo II deve servir de inspiração e modelo para todas as outras ações na Igreja”. O segundo aspecto é que, “a missão não começa e acaba na própria paróquia ou na diocese, mas tem uma responsabilidade universal, com todos os povos. A colaboração com projetos missionários faz parte da essência da Igreja que é católica (universal)”. O terceiro aspecto que o Mês Missionário quer evidenciar é que, “a missão requer uma consagração, ou seja, um compromisso por toda a vida. Somos convidados a prestar atenção naqueles missionários e missionárias que se consagram para a missão difícil e além-fronteiras. Eis porque se faz uma Campanha Missionária”, concluiu.