Catequistas de Conquista

domingo, 24 de fevereiro de 2013

EIS- ME AQUI. ENVIA-ME

“Ser Catequista é por em prática os ensinamentos de Cristo. É realizar o que Ele realizou. É reavivar a Boa Nova nos corações dos Jovens e Adultos. Ser Catequista é ser um chamado de Deus”.

                 

Hoje foi realizada a celebração de Envio dos(as) catequistas, marcando o inicio do ano catequético em nossa Arquidiocese. Louvamos e agradecemos a Deus pelo serviço realizado por todas(os)  que se dedicam a esta pastoral. Que Nossa Senhora,modelo de catequista interceda ao Pai por nossa missão de anunciar Jesus a todos.








quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Converter ao Evangelho - Tempo Quaresmal

Como viver o tempo da Quaresma


 

Crie em sua casa ou no seu quarto um ambiente convidativo à oração

A Quaresma é um tempo de graça, um verdadeiro Kairós, tempo da manifestação de Deus. Este tempo tem como característica duas realidades muito importantes: 
1. Olhar para Jesus; 2. Conversão.

Neste tempo, somos levados pela Igreja a seguir Jesus em seus últimos momentos de vida para – junto com Ele – aprendermos o que é o amor e a misericórdia. Por diversas vezes, o Senhor vai se revelando como o rosto misericordioso do Pai, assumindo até as últimas conseqüências a vontade do Pai, que é salvar a cada filho. É um caminho de “subida”, não só para Jerusalém, mas até o mais alto grau do amor que se concretiza na cruz.

Jesus, muitas vezes, vai anunciar sua Paixão dizendo que o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado e morto, mas no terceiro dia ressuscitará. Vemos nesses anúncios também o desejo do Senhor de se entregar. Está aí a sua disposição em dar até a própria vida em nosso resgate. Ele não somente falou a respeito do amor que se revela ao dar a vida pelos amigos, mas o fez em sua própria vida. Assim, tornou-se o exemplo mais sublime que devemos seguir para realmente sermos felizes.

Quaresma é também conversão, revisão de vida e mudança de atitude.Tudo concorre para isso nesse período: a liturgia, os cânticos, as orações. É tempo de olhar para tudo o que temos vivido e como temos vivido: nossos relacionamentos em casa, no trabalho, na escola, nosso relacionamento com Deus. Será que Ele tem sido o nosso tudo? Nossa relação com Ele é de confiança, de intimidade e amor?
Quaresma é tempo do perdão. O profeta Isaías nos diz no capítulo 30, 18: “Em vista disso, o Senhor espera a hora de vos perdoar. Ele toma a iniciativa de mostrar-vos compaixão, pois o Senhor é um Deus justo – felizes os que nele esperam”.


É um tempo de grande graça. É o Senhor quem toma a iniciativa de nos mostrar compaixão. Em nossas paróquias, além do tempo normal de confissões, temos os mutirões de confissão, celebrações penitenciais. Tudo se torna propício para nossa conversão. Por isso, não podemos perder tempo.

Algumas atitudes nossas podem nos ajudar a mergulhar fundo nessa graça. Por exemplo:

- Aproveite esse tempo para silenciar um pouco, criar um clima de interioridade, evitando músicas muito altas em casa, no quarto; valorizando as que nos levam a uma maior reflexão e oração.
- Separe um tempo do dia para a oração pessoal. Crie em sua casa ou no seu quarto um pequeno altar, ali coloque um crucifixo, uma vela, a Bíblia aberta, para que o ambiente seja convidativo à oração.
- Nas sextas-feiras, se for possível, medite as estações da Via-Sacra. Isso o ajudará a mergulhar no mistério da Paixão do Senhor.
- Durante o tempo quaresmal se proponha a também fazer obras de misericórdia. Por exemplo: visitar um doente, visitar um asilo, levar alguma ajuda concreta a uma família mais carente, como roupas que você já não esteja usando ou alimentos. Tudo isso gerará em seu coração um sentimento de alegria por poder fazer algo de bom a alguém.
- Quaresma é tempo de perdoar e de pedir perdão. Se você tem alguém, a quem precisa perdoar, peça a Deus a graça de conceder esse perdão e se foi você que feriu esse alguém, dê o passo em direção à pessoa e peça perdão. É tempo de reconstruir as pontes de reconciliação.
- A confissão é fundamental nesse tempo, não deixe para a última hora, procure o sacerdote no decorrer da 
Quaresma para que, auxiliado pela graça desse sacramento, você colha todos os frutos deste tempo.

A Quaresma é entendida como um grande retiro, um retiro de 40 dias, no qual nos voltamos de coração sincero para o Senhor e d’Ele recebemos uma nova vida. O importante é que eu e você tomemos consciência de tudo o que o Senhor deseja realizar em nossas vidas e nos esforcemos para não deixar a graça passar. (Padre Clovis)

http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=8361

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nossa Senhora de Lourdes, rogai a Deus pela Igreja!

Hoje,11 de Fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, peçamos a Mãe de Jesus que interceda pelo Papa Bento XVI, pela Igreja e e pela escolha do novo vigário de Cristo na terra. Nossa Senhora de Lourdes,rogai por nós!


Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lourdes, às margens do rio Gave, Nossa Mãe, Santa Maria manifestou de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo-se a uma menina de 14 anos, chamada Bernadete (Bernardita) Soubirous.

A história da aparição começa quando Bernadete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Masabielle. Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernadete sofria de asma, não podia entrar na água fria, e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha.

Foi nesse momento, que Bernadete experimenta o encontro com Nossa Mãe, experiência que marcaria sua vida, "senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Masabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la".


"Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Mas eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado alí olhando-a toda a vida. Então tive a idéia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. 

Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da grupa, desapareceu".

Em poucos dias, a Virgem volta a aparecer a Bernadete na mesma gruta. Entretanto, quando sua mãe soube disso não gostou, porque pensava que sua filha estava inventando histórias - embora a verdade é que Bernadete não dizia mentiras - ao mesmo tempo alguns pensavam que se tratava de uma alma do purgatório, e Bernadete ficou proibida de voltar à gruta Masabielle.

Apesar da proibição, muitos amigos de Bernadete pediam que voltasse à gruta; com isso, sua mãe disse que se consultasse com seu pai. O senhor Soubiruos, depois de pensar e duvidar, permitiu que ela voltassem em 18 de fevereiro.

Desta vez, Bernadete foi acompanha por várias pessoas, que com terços e água benta esperavam esclarecer e confirmar o narrado.

Ao chegar todos os presentes começaram a rezar o rosário; é neste momento que Nossa Mãe aparece pela terceira vez. Bernadete narra assim a aparição: "Quando estávamos rezando o terceiro mistério, a mesma Senhora vestida de branco fez-se presente como na vez anterior. Eu exclamei: ‘Aí está'. Mas os demais não a via. Então uma vizinha me deu água benta e eu lancei algumas gotas na visão. A Senhora sorriu e fez o sinal da cruz. Disse-lhe: ‘Se vieres da parte de Deus, aproxima-te'. Ela deu um passo adiante".

Em seguida, a Virgem disse a Bernadete: "Venha aqui durante quinze dias seguidos". A menina prometeu que sim e a Senhora expressou-lhe "Eu te prometo que serás muito feliz, não neste mundo, mas no outro".

Depois deste intenso momento que cobriu a todos os presentes, a notícia das aparições correu por todo o povoado, e muitos iam à gruta crendo no ocorrido embora outros zombassem disso.

Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 houve 18 aparições.

Estas se caracterizaram pela sobriedade das palavras da Virgem, e pela aparição de uma fonte de água que brotou inesperadamente junto ao lugar das aparições e que deste então é um lugar de referência de inúmeros milagres constatados por homens de ciência.


Fonte: http://www.redemptionis-sacramentum.com.br/2012/02/nossa-senhora-de-lourdes-11-de.html

A Renúncia de Bento XVI


Os noticiários estão comentando que o Papa Bento XVI, por razões de saúde e de idade, decidiu renunciar ao Papado, tendo em vista se sentir sem saúde necessária para cumprir sua árdua missão, que exige intenso trabalho diário, muitas viagens, audiências, discursos, etc.

Toda a Igreja Católica, e também os não católicos, são testemunhas da grandeza deste homem que deu sua vida pela Igreja. Antes de tudo o nosso agradecimento a Deus por tão grande dádiva para a Igreja. Durante 25 anos ele foi Prefeito da Congregação da Fé da Santa Sé, auxiliar fiel e dedicado ao Papa João Paulo II. Deus seja louvado por Bento XVI!

A renúncia do Papa é algo legal, prevista no Código de Direito Canônico da Igreja, que diz no Cânon 187 – “Qualquer um, cônscio de si, pode renunciar a um ofício eclesiástico por justa causa”.

O pedido de renúncia deve ser feito à autoridade superior; mas, como na Igreja não há autoridade superior ao Papa, seu pedido de renúncia é suficiente para consumar sua decisão.

É uma decisão corajosa, lúcida e coerente do Papa Bento XVI, pois ele mesmo disse ao jornalista Peter Seewald, em uma entrevista, que poderia renunciar se um dia chegasse a conclusão que não tinha mais condições de governar a Igreja. Este gesto mostra a sua coerência e a certeza de que quem governa a Igreja é Jesus Cristo e que o Espírito Santo é quem guia e assiste o Papa, seja ele quem for, legitimamente eleito.

Na história da Igreja três papas já renunciaram. Ponciano (230-235), em porque foi exilado para a Sicília, juntamente com o antipapa Hipólito, pelo Imperador romano Magno, onde ambos morreram mártires. Durante o exílio o Papa Ponciano renunciou em 28/9/235 para que a Igreja pudesse eleger seu sucessor.

O Papa Celestino V (1294), que foi monge beneditino e eremita, renunciou porque estava em idade avançada, mais de oitenta anos. Gregório XII, em (13/12/1924) renunciou com mais de oitenta anos para que a Igreja chegasse ao fim do chamado Cisma do Ocidente, quando a Igreja tinha um Papa legítimo (Gregório XII), mas havia dois antipapas.

A Igreja vai continuar sua caminhada e missão na terra, levando o Evangelho a todas as nações. Teremos um novo Conclave, a eleição de um novo Papa, como dizia Santa Catarina de Sena, o “Doce Cristo na Terra”.

Professor Felipe Aquino
Fonte: http://blog.cancaonova.com/redacao/a-renuncia-de-bento-xvi/

O Tempo da Quaresma



O que quer dizer Quaresma?

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive – Diretório da Liturgia – CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.


Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.
Ainda é costume jejuar durante este tempo?
Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.
Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.


O que é a Campanha da Fraternidade?

O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a  concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular,
os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho.
Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.


Como começou a Campanha da Fraternidade?

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II, a maior e mais
importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?

A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de
conjunto, visando a transformação das injustiças sociais. Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?

As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento. Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores. Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus. No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

Fontes: CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ano Litúrgico / Tempos Litúrgicos



O Ano Litúrgico é o “Calendário religioso” e não coincide com o calendário civil.  Contém as datas santas, que vão nos contar a história da salvação e nos nortear nos dias atuais. Importante destacar que o calendário religioso não coincide com o civil, pois tem seu início e fim quatro semanas antes do Natal, tempo chamado de “Advento”. O ano litúrgico pode ser classificado com A, B e C, sendo que no ano A lêem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.
Dois grandes ciclos são destacados durante o ano litúrgico: o Natal e a Páscoa.
O Ano Litúrgico na História

No início todo domingo era dia de Páscoa. No século I a Páscoa começa a ser celebrada anualmente. No Século IV, além da vigília Pascal, é celebrado o tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado. O jejum de dois dias (Século III) passa a ser de uma semana, e depois, de 40 dias. Tempo de preparação dos catecúmenos para o batismo. Tempo de reconciliação e penitência. Disso restou o costume da imposição de cinzas na quarta-feira em que inicia a quaresma. Foram apresentadas as comemorações da ascensão e de pentecostes. Estava formado o ciclo pascal. 

Nessa época é definido no ocidente o dia do Natal. Essa data foi tomada de empréstimo da festa do sol, uma festa pagã. Os cristãos viam em Jesus o verdadeiro Sol de Justiça. Estava se formando o ciclo de natal. Estes dois ciclos festivos são as colunas mestras do Ano Litúrgico.

Na idade média são introduzidas as seguintes festas dogmáticas: Santíssima Trindade (1000), Corpus Christi (1246), Sagrado Coração de Jesus (1756) e Cristo Rei (1925). Além disso, Maria e os santos também têm seu lugar na liturgia. Desde muito cedo os cristãos veneravam aqueles que pelo martírio haviam se tornado testemunhas de Cristo. Desde o Século II São Policarpo de Esmirna já era venerado na liturgia. Depois vieram os apóstolos e todos os que haviam sido perseguidos por causa do nome de Jesus.

O centro e a fonte de todo o Ano Litúrgico é o mistério pascal de Jesus Cristo.

A seqüência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:
CICLO DO NATAL
ADVENTO – Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.
Início: 4 domingos antes do Natal;
Término: 24 de dezembro à tarde;
Espiritualidade: esperança e purificação da vida;
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias;
Cor: Roxa.

NATAL – 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.
Início: 25 de dezembro;
Término: na festa do Batismo de Jesus;
Espiritualidade: fé, alegria e acolhimento;
Ensinamento: o Filho de Deus se fez homem;
Cor: Branca.
TEMPO COMUM
1ª PARTE - Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus;
Término: véspera da Quarta-feira das Cinzas;
Espiritualidade: esperança e escuta da Palavra;
Ensinamento: anúncio do Reino de Deus;
Cor: Verde.

2ª PARTE – Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.
Início: segunda-feira após o Pentecostes;
Término: véspera do 1º Domingo do Advento;
Espiritualidade: vivência do Reino de Deus;
Ensinamento: os cristãos são o sinais do Reino;
Cor: verde.
CICLO DA PÁSCOA
QUARESMA –  Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.
Não se diz “Aleluia”, nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.
Início: quarta-feira das Cinzas;
Término: quarta-feira da Semana Santa;
Espiritualidade: penitência e conversão;
Ensinamento: a misericórdia de Deus;
Cor: Roxa.
PÁSCOA – Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma ação litúrgica, conhecida também como “Celebração da Cruz”.
No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes*.
Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término: no Pentecostes
Espiritualidade: alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: ressurreição e vida eterna
Cor: Branca
Importante: Ao todo são 34 semanas. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. “O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino.” (CNBB – Documento 43, 132).
Pentecostes 
 A festa do Pentecostes é celebrada 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito. É o Espírito Santo que anima a Igreja na caminhada em direção à casa do Pai.
Espiritualidade: Alegria, força, coragem no anúncio do Evangelho.
Ensinamento: Descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e a Virgem Maria e atualmente sobre nós.
Cor: vermelha.

Referências


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O que a Igreja diz do carnaval? – Padre Caetano Rizzi

Muita gente não sabe, mas o Carnaval, como festa popular e expressão de nossa cultura, é aceito pela Igreja. Sim, pois esta festa nasceu de hábitos cristãos. Antes de começar a Quaresma, os cristãos faziam festas, comiam carne, alegravam se, porque da Quarta-feira de Cinzas até à Páscoa, ficavam sem comê-la e celebravam a penitência. Carnaval, portanto, significa “é válida a carne”, isto é, pode-se comer carne, tem sua origem ligada à liturgia cristã. De outra parte, o que ninguém, em bom juízo, pode apoiar, são os abusos do carnaval, tempo em que, para muita gente, acaba valendo tudo. Infelizmente muita gente morre, perde seus valores, acidenta- se, descaracteriza a vida, por causa de alguns dias de euforia passageira… No ponto de vista cultural, houve uma mudança muito grande com a chegada da televisão. Passou a ser um produto de compra e venda numa apresentação de elevado espetáculo no qual a moral e a ética não são respeitadas. Isto, é claro, não pode ser apoiado pela Igreja, que sempre pregou a dignidade, os valores morais, familiares e éticos. Pode surgir, diante disso, outra pergunta: “Mas os cristãos podem participar das festas de Carnaval?”- Claro que podem! Até devem participar, num sentido de poder mostrar que a gente pode se divertir, brincar de uma forma sadia, sem perder o rumo da vida, através de orgias, drogas e bebidas. O cristão faz festa, diverte-se, descansa, viaja, sem nunca deixar de ser cristão e de ser fiel a Deus e ao próximo. Muitos ainda passam estes dias em retiros, encontros de oração, aproveitando o longo feriado para um abastecimento espiritual e familiar. Tudo é válido quando se vive na presença do Senhor. Convém acrescentar que as Cinzas da Quarta feira, que marcam o início do tempo da Quaresma, não servem para apagar os excessos cometidos no Carnaval. É engraçado até como muita gente vai à Missa ainda com cara de quem não dormiu, porque pensa que as cinzas tudo apagam. Engana-se quem pensa assim. As Cinzas têm um sentido diferente, de conversão, de penitência e, para nós, no Brasil, de início da Campanha da Fraternidade, onde tomamos consciência de nosso dever cristão de transformar a sociedade em que vivemos. Portanto, você pode participar do baile e das festas de carnaval. Leve seu exemplo cristão e convide seus amigos a fazer a mesma coisa. Depois disso, viva a Quaresma com alegria, que é a característica do cristão, e prepare-se santamente para a Páscoa do Senhor Fonte: http://paroquiasaojoseararaquara.org.br/?p=1302

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Quem são os Profetas?


O Profeta é aquele que busca consolar seu povo na hora da crise, mostrando o caminho sociopolítico à luz da vontade de Deus. Ninguém foi mais místico que os profetas, nem teve visão mais cósmica e localizadas das causas, consequências e soluções dos problemas que afligiam a população de Judá e de Israel.
Os problemas do passado são os mesmos de hoje, o povo, especialmente o mais fraco, continua sofrendo sob a insensibilidade dos poderosos.
Ao ler os profetas , cabe a questão: no que os fatos antigos se assemelham aos de hoje? Em Judá havia fome, miséria, violência,exploração, desrespeito à pessoa e muita idolatria.O que os Profetas faziam com coragem e fé em Deus, que nós hoje, estamos deixando de fazer?

Profeta – propriamente, é o que fala em nome de outrem. Em geral, é o que fala em nome de Deus, podendo predizer o futuro. Neste caso, a profecia é a sua predição. A Bíblia, no Antigo Testamento, apresenta profetas chamados maiores e menores, de acordo com a importância de suas predições, em relação a Cristo.
Isaías
Era descendente de Davi. Por sua clareza ao falar de Jesus, mais parece Evangelista que profeta. Uma de suas principais profecias é a referente à virgindade de Nossa Senhora: “Um virgem conceberá e dará à luz um filho, e seu nome será Emanuel” (Emanuel, significa “Deus conosco”).
É o profeta mais citado no Novo Testamento. São João Batista, o precursor do Messias, identifica-se com “a voz que clama no deserto” e menciona textualmente o capitulo 40: “Preparei o caminho do Senhor, endireitai na solidão as veredas de nosso Deus”. E o próprio Jesus aplicou a si mesmo suas profecias, quando, por exemplo, se apresenta como o Bom Pastor: “Ele apascentará como um pastor o seu rebanho: nos seus braços recolherá os cordeiros” (Is 40, 11).
Vejamos o grau de exatidão e de profundidade do capítulo 53. “Ele não tem beleza, nem formosura, e vimo-lo e não tinha parecença do que era, e por isso não fizemos caso dele. Ele era desprezado e o último dos homens, um homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e o seu rosto estava encoberto; era desprezado, e por isso nenhum caso fizeram dele.
Verdadeiramente, ele foi o que tomou sobre si nossas fraquezas (e pecados), ele mesmo carregou as nossas dores; e nós o reputamos como um leproso e como um homem ferido por Deus e humilhado. Mas foi ferido por causa das nossas iniquidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas pisaduras. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas, cada um se extraviou por seu caminho; e o Senhor carregou sobre ele a iniquidade de todos nós.
Foi oferecido (em sacrifício), porque ele mesmo quis, e não abriu a sua boca; como uma ovelha que é levada ao matadouro, e como um cordeiro diante do que o tosquia, guardou silêncio e não abriu sequer a boca” (….) “entregou a sua vida à morte, e foi posto no número dos malfeitores, e tomou sobre si os pecados de muitos, e intercedeu pelos pecadores”. Escrita com cerca de 700 anos de antecedência, realmente, encontra-se ai a fiel narrativa da paixão de Cristo.

Jeremias
Profetizou cerca de 550 anos a.C., em que deplora a destruição do templo de Jerusalém e a ruína da cidade. Seus gemidos e dores são figuras dos de Jesus: “Oh vós todos que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha dor”. (Lm 1, 12)
Ezequiel
Foi cativo na Babilônia, profetizou, aproximadamente, entre os anos 592 e 570 a.C. Suas profecias são muito obscuras. São Jerônimo considerou-o difícil). Predisse o castigo do povo hebreu e sua libertação da Babilônia, como, também, a vinda do Messias.
“Eis que eu mesmo irei buscar as minhas ovelhas e as visitarei. Assim com um pastor visita o seu rebanho no dia que se acha no meio das suas ovelhas (depois que andaram) desgarradas, assim eu visitarei as minhas ovelhas e as livrarei de todos os lugares por onde tinham andado dispersas no dia nublado e de escuridão”
Daniel
Era descendente de Davi. Jovem ainda, foi levado cativo para a Babilônia, por Nabucodonosor, que, impressionado pelo talento e sabedoria que ele demonstrou, tomou-o a seu serviço. No capitulo 3 de suas profecias, conta o episódio dos três hebreus lançados na fornalha, por aquele rei.
No capítulo 5 narra o festim de Baltasar, em que ele próprio interpretou a misteriosa inscrição gravada na parede (Mane, Técel, Fáres, isto é, Contado, Pesado e Dividido). É, também, o principal personagem na bela história de Suzana, em que a livra de seus malfeitores (Cap. 13).
Por duas vezes foi, milagrosamente, salvo na cova dos leões (Cap. 6 e 14). Contudo, a sua maior importância está no capítulo 9, 24: “Setenta semanas (de anos) foram decretadas sobre o teu povo e sobre a tua cidade santa a fim de que a prevaricação se consume e o pecado tenha o seu fim, e a iniquidade se apague e a justiça eterna seja trazida, e as visões e profecias se cumpram, e o Santo dos santos seja ungido”.
De fato, contando-se setenta semanas de anos, ou seja, 490 anos (7 X 70 = 490 – “de anos”: 490 anos), a partir da época em que Daniel fez esta profecia, chega-se a cerca do ano 33 de nossa era, data da morte de Jesus, data em que o Santo dos santos foi ungido – como Sacerdote e Vítima – , data em que as visões e profecias se cumpriram, a justiça eterna foi apaziguada, a iniquidade, o pecado e prevaricação atingiram o auge, sendo, ao mesmo tempo, vencidos pelo Sangue Redentor.
Além dos profetas maiores, há, ainda, outros doze, chamados menores, dentre os quais destaca-se Jonas que, engolido por um peixe, durante três dias, permaneceu vivo em seu ventre, sendo, por isso, figura de Jesus (ressuscitado depois de três dias no sepulcro). “Clamei desde o ventre do sepulcro e tu ouviste a minha voz” (Jn 2, 3).
                                    
Fontes: http://www.parsantacruz.org.br/os-profetas-de-israel/
http://www.site.paroquiaspc.com.br/profetas-e-profecias/