Catequistas de Conquista

domingo, 29 de dezembro de 2013

Papa reza pelas famílias

Francisco destacou que uma forma de ver como vai a família é o modo como trata as crianças e os idosos
No último Angelus do ano, Papa fala da família
No último Angelus do ano, Papa fala da família
Que Maria e José guiem as famílias em sua missão, pediu Papa antes da oração mariana / Foto: Arquivo/Reprodução CTV

No Angelus deste domingo, 29, último do ano, Papa Francisco refletiu sobre as famílias, tendo em vista a festa da Sagrada Família. Ele se concentrou em especial sobre a situação dos refugiados, que sofrem com a falta de acolhimento e respeito.

Francisco lembrou que José e Maria experimentaram o sofrimento dos refugiados, marcado por medo, em sua fuga para o Egito, como mostra o Evangelho do dia. E ainda hoje muitas famílias sofrem com essa mesma problemática. “Quase todo dia a televisão e os jornais dão notícia de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para suas famílias”.

O Santo Padre ressaltou que nem sempre os refugiados encontram verdadeiro acolhimento e respeito, deparando suas expectativas com dificuldades que às vezes parecem insuperáveis. Ele convidou, então, todos a voltarem o olhar para a família de Nazaré e pensar nos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição, do tráfico de pessoas e do trabalho escravo.

E o fato de Deus ter pertencido a uma família que experimentou o exílio reflete, segundo o Pontífice, o desejo de Deus de que ninguém se sinta excluído de Sua proximidade amorosa. Ele completou dizendo que a fuga da Sagrada Família para o Egito mostra que Deus está presente lá onde há perigo, onde o homem experimenta o que é o abandono.

Francisco falou, por fim, de três palavras que são termos-chave para a vida em família: com licença, obrigado e desculpe. Ele já havia citado os termos durante o encontro com as famílias em peregrinação a Roma por ocasião do Ano da Fé em outubro deste ano. Para ele, um sinal que indica como anda a vida em família é também o modo como ela trata as crianças e os idosos.

“Recordemos estas três palavras. Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho passa antes de tudo pela família para depois atingir os diversos âmbitos da vida cotidiana”.

Encerrando suas reflexões, o Papa pediu que Maria e José guiem cada família do mundo para que possam cumprir com serenidade a missão que Deus lhes confiou.

Após a oração mariana, Francisco recordou que o próximo sínodo discutirá sobre a família. “Por isto hoje, festa da Sagrada Família, desejo confiar à Sagrada Família este trabalho sinodal, rezando pelas famílias de todo o mundo”. Em seguida, ele fez uma oração pelas famílias.

Fonte: http://papa.cancaonova.com/no-ultimo-angelus-do-ano-papa-reza-pelas-familias/

Angelus com o Papa Francisco na festa da Sagrada Família
ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 29 de dezembro de 2013

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste primeito domingo depois do Natal, a Liturgia nos convida a celebrar a festa da Sagrada Família de Nazaré. De fato, todo presépio mostra Jesus junto com Nossa Senhora e São José, na gruta de Belém. Deus quis nascer em uma família humana, quis ter uma mãe e um pai, como nós.

E hoje o Evangelho nos apresenta a Sagrada Família no caminho doloroso do exílio, em busca de refúgio no Egito. José, Maria e Jesus experimentam a condição dramática dos refugiados, marcada por medo, incertezas, necessidades (Mt 2, 13-15. 19-23). Infelizmente, nos nossos dias, milhões de famílias podem reconhecer-se nesta triste realidade. Quase todos os dias a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as próprias famílias.

Em terras distantes, mesmo quando encontram trabalho, nem sempre os refugiados e os imigrantes encontram acolhimento verdadeiro, respeito, apreço pelos valores de que são portadores. As suas legítimas expectativas se confrontam com situações complexas e dificuldades que parecem às vezes insuperáveis. Por isso, enquanto fixamos o olhar na Sagrada Família de Nazaré no momento em que foi forçada a fazer-se refugiada, pensemos no drama de quantos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição e da escravidão, que são vítimas do tráfico de pessoas e do trabalho escravo. Mas pensemos também nos outros “exilados”: eu os chamarei de “exilados escondidos”, aqueles exilados que podem existir dentro das próprias famílias: os idosos, por exemplo, que às vezes são tratados como presenças incômodas. Muitas vezes penso que um sinal para saber como vai uma família é ver como são tratados nessa as crianças e os idosos.

Jesus quis pertencer a uma família que experimentou estas dificuldades para que ninguém se sinta excluído da proximidade amorosa de Deus. A fuga ao Egito por causa das ameaças de Herodes nos mostra que Deus está lá onde o homem está em perigo, lá onde o homem sofre, lá onde é fugitivo, onde experimenta a rejeição e o abandono; mas Deus está também lá onde o homem sonha, espera voltar à pátria na liberdade, projeta e escolhe pela vida e dignidade sua e dos seus familiares.

Este nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco. Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede “com licença”, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer “obrigado” e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir “desculpa”, naquela família há paz e alegria. Recordemos estas três palavras. Mas podemos repeti-las todos juntos: com licença, obrigado, desculpa. (Todos: com licença, obrigado, desculpa!). Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho, de fato, passa antes de tudo pelas famílias, para depois alcançar os diversos âmbitos da vida cotidiana.

Invoquemos com fervor Maria Santíssima, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, e São José, seu esposo. Peçamos a eles para iluminar, confortar, guiar cada família do mundo, para que possa cumprir com dignidade e serenidade a missão que Deus lhes confiou.



Oração do Papa Francisco pelas famílias - 29/12/2013
Oração do Papa Francisco pelas famílias - 29/12/2013
Oração à Sagrada Família composta e recitada pelo Papa Francisco após o Angelus
Domingo, 29 de dezembro de 2013

Jesus, Maria e José,
em vós contemplamos
o esplendor do amor verdadeiro,
a vós, com confiança nos dirigimos.

Sagrada Família de Nazaré,
tornai também nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
jamais nas famílias se faça experiência
de violência, fechamento e divisão:
qualquer um ferido ou escandalizado
tenha logo consolação e cura.

Sagrada Família de Nazaré,
o próximo Sínodo dos Bispos
possa trazer novamente a todos a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,
escutai, ouvi nossa súplica, Amém!


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