Catequistas de Conquista

domingo, 17 de novembro de 2013

Diante de Pedro o encerramento do Ano da fé

Proclamado pelo Papa Bento XVI, o Ano da Fé foi iniciado no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Segundo o Papa, ele tem como objetivo “dar um renovado impulso à missão de toda a Igreja de conduzir os homens fora do deserto em que muitas vezes se encontram, rumo ao lugar da vida, a amizade com Cristo, que dá sua vida em plenitude”.


Diante de Pedro o encerramento do Ano da fé

«Adoração! Fala-se pouco de adoração!». Esta consideração, pronunciada pelo Papa Francisco com um tom  de tristeza e preocupação, poderia fazer compreender o sentido de um dos sinais conclusivos do Ano da fé. Para o confirmar,  poderíamos acrescentar outro pensamento do Papa dirigido aos seminaristas e às noviças na conclusão dos dias da sua peregrinação. Deixando de lado também neste caso o texto escrito, disse: «Um dos vossos formadores dizia-me outro dia: évangéliser on le fait à genoux, a evangelização faz-se de joelhos.  Escutai  bem: “a evangelização faz-se de joelhos”. Sede sempre homens e mulheres de oração. Sem a relação constante com Deus a missão  torna-se ocupação».

Palavras que são música para os ouvidos de quantos, como eu, cresceu na escola de von Balthasar. O grande teólogo do século passado criticava o movimento de algumas escolas que passaram de uma «teologia feita de joelhos» para uma «teologia escrita abstractamente», e estimulava a recuperação da espiritualidade e da santidade como forma coerente da vida cristã.

A união entre acção e contemplação é um dos pontos principais que a fé exprime e  tem sempre  necessidade  de afirmar. É por isso que, para a conclusão do Ano da fé, o Papa Francisco decidiu ir no próximo dia 21 de Novembro a um mosteiro de clausura para um momento de oração. A fé vive principalmente de adoração. De facto, o encontro com Cristo exige que a resposta do crente brote da contemplação do seu Rosto. O dia «pro orantibus» eleva-se como um sinal de que a fé ajuda na busca do essencial.

De resto, diante do mistério no qual cremos a oração é a primeira e mais realista  atitude que deveríamos assumir.  Contudo, a contemplação  não nos afasta dos compromissos e das preocupações diárias, pelo contrário. Ela permite-nos dar sentido e suportar  o esforço de cada dia. A alegria que provém daquele encontro não é artificial nem limitada a um momento emotivo, mas condição para olhar em profundidade e compreender pelo que vale a pena viver.

Só uma visão teológica pouco atenta pôde criar o estrabismo  entre o amor a Deus, típico de quem reza, e o amor ao próximo, próprio de quem age. Porventura a contemplação do Pai   não era para o próprio Jesus um momento propedêutico para realizar a sua acção evangelizadora? Portanto, dar novamente vigor à fé equivale a verificar a reciprocidade entre a contemplação e a acção cristã. A primeira é pressuposto para uma acção evangélica coerente, enquanto  esta é a condição necessária para que a contemplação seja genuína.

A vida contemplativa soube conjugar os dois momentos. «Ora et labora» permanece na Igreja como a síntese mais feliz à qual a fé conduz. O mosteiro das Monjas Camáldulas,  no Aventino, que o Papa Francisco visitará, apresenta esta dimensão de modo peculiar. A sua abertura à cidade no serviço da lectio divina e do refeitório para os pobres, faz emergir o objectivo ao qual  conduz a contemplação: a partilha do que se possui. Com efeito, não é possível contemplar a face de Cristo sem  o reconhecer  na sua «carne» mais necessitada porque mais sofredora.

Através deste sinal preparamo-nos também para celebrar o epílogo de um ano rico de graça.  Ele foi marcado  em particular pela profissão de fé que os milhões de peregrinos fizeram diante do túmulo de Pedro.

Neste contexto, um último sinal culminante consiste na exposição pela primeira vez das relíquias que a tradição reconhece como as do Apóstolo que aqui deu a sua vida  pelo Senhor. A fé de Pedro, portanto, confirmará mais uma vez que a «Porta» para o encontro com Cristo está sempre aberta e espera para ser atravessada com o mesmo entusiasmo e convicção dos primeiros crentes. Um caminho que os cristãos de hoje sabem que devem perseguir sem trégua, porque são fortalecidos e animados pela contemplação da face de Cristo.
Rino Fisichella
Fonte: http://www.news.va/pt/news/diante-de-pedro-o-encerramento-do-ano-da-fe



CATECÚMENOS: PRONTOS A ATRAVESSAR A PORTA DA FÉ

23 DE NOVEMBRO, 16:30 HORAS
BASÍLICA DE SÃO PEDRO

Na conclusão do Ano da fé, o Papa Francisco encontrará todos aqueles que, já adultos, decidiram tornar-se cristãos. Este encontro deseja ser um sinal: o Ano da fé termina, mas para cada cristão continua o compromisso de responder diariamente ao Senhor Jesus que convida a ser seus discípulos, envia ao mundo para anunciar o Evangelho e para dar testemunho com a vida a alegria da fé .
São convidados a participar neste encontro todos os catecúmenos com os seus catequistas e todos aqueles que, nas comunidades cristãs, os acompanham no itinerário de preparação para a celebração dos Sacramentos da Iniciação Cristã.

pt

Fonte: http://www.annusfidei.va/content/novaevangelizatio/pt.html

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