Deixa-se evangelizar e deve agir mais pelo exemplo do que pela palavra.
A espiritualidade do catequista não se reduz apenas à reza do terço, à contemplação, retiro, à adoração, mas e sobretudo, à renovação que gera vida, esperança, conversão, que cria homens e mulheres novos.
Toda pessoa espiritual é criativa e mãe da novidade.
É sabido que muitos rezam, adoram, escutam a Palavra de Deus, porém, nada renovam.
Faltas-lhes a alma de tudo que é o ESPÍRITO SANTO, o grande gestor e matriz do mundo novo, a alma da Igreja,
fonte de justiça e de liberdade.
Percebe-se quando uma pessoa é espiritual pelos seus gestos humanitários (caridosa, dedicada, abnegada, não busca recompensa nem promoção pessoal).
A espiritualidade está ligada à caminhada da comunidade, partindo de sua realidade, de seus anseios, de suas lutas e experiências.
Aqueles que são chamados ao serviço catequético, que o façam da melhor maneira possível, refletindo, e preparando-se adequadamente, da consciência de serem enviados e comprometidos com a educação da fé.
Toda espiritualidade tem sua fonte e sua meta na Trindade.
Somos convidados, pelo Batismo, a entrar na intimidade de Deus, viver sua vida, participar do seu amor.
A palavra ESPIRITUALIDADE tem relação com "espírito".
Mas, não no sentido de algo abstrato. A palavra "espírito" faz lembrar impulso, força que leva a agir. Espiritualidade é, então, uma força que nos anima, que inspira.
Ela vem de dentro e nos impulsiona para a ação.
Na vida do cristão, esta força é o Espírito Santo, que nos impulsiona, ascende em nós o fogo do amor: amor à Deus, amor aos irmãos. É esse amor que faz agir.
Existem diversos tipos de espiritualidade:
a do padre, a dos religiosos, dos leigos etc.
O catequista também tem a sua e ela tem algo de especifico: levar a mensagem do evangelho a outros, formar para a comunidade. Sentem o amor e o impulso para dedicar-se a esta tarefa. É uma vocação que vem de dentro.
O catequista de fé, para cultivar em si uma espiritualidade autêntica,
deverá ter certas atitudes em sua vida:
-Relacionamento pessoal e profundo com Deus-Pai;
-Seguimento a Cristo nas atitudes e no interesse pelo Reino de Deus, fruto de uma adesão sincera;
-Docilidade à ação do Espírito Santo;
-Comunhão com a Igreja, comunidade que evangeliza, celebra e testemunha Jesus Cristo;
-Amor filial a Maria, mãe e modelo do catequista;
-Vivência do mistério cristão e da missão catequizadora dentro do grupo de catequistas;
-Escuta com fé e fidelidade da Palavra de Deus, que se manifesta na Bíblia, na Igreja e nos acontecimentos;
-Integração dos aspectos celebrativos da liturgia e da piedade popular;
-Vida sacramental, de oração e contemplação encarnada na vida do povo;
-Atitudes de serviço para com todos;
-Espiritualidade do trabalho e da ação;
-Amor aos empobrecidos e vivência da pobreza evangélica;
-A alegria de ser evangelizador.
(Estudo da CNBB nº 59 - A formação do catequista, pp. 61-62).
Fonte: http://www.saomartinhodelima.com.br/a-espiritualidade-do-catequista
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