Por isso, gostaria de convidar o(a) leitor(a) para fazer um momento de ação de graças pelo seu catequista, aquele ou aquela que o iniciou nas verdades da fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
A catequese é aquele momento, posterior aos rudimentos da fé que recebemos no seio sacrossanto de nossas famílias, que conectamos de uma maneira mais científico-filosófica-teológica a fé em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida.
E num mundo cada vez mais secularizado a catequese é o momento de dar o rumo correto na experiência de fé, e diria mais, na própria experiência antropológica do homem e da mulher.
Tem razão o Sumo Pontífice Bento XVI que, com grande precisão, alinhavou o rumo daquele que é o nosso principal amigo, por isso mesmo, catequista: “Na alocução antes das Ave-Marias, Bento XVI evocou o Evangelho deste domingo, em que Jesus pergunta aos seus discípulos quem dizem as pessoas que ele é, e – depois – o que é que eles próprios dizem a esse propósito. ‘Em nome de todos, impetuosa e decididamente, Pedro toma a palavra para dizer: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’.Solene profissão de fé que, desde então, a Igreja continua a repetir. Também nós hoje queremos proclamar com íntima convicção: Sim, Jesus, Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo! Façamo-lo com a consciência de que é Cristo o verdadeirotesouro pelo qual vale a pena sacrificar tudo: é Ele o amigo que nunca nos abandona, porque conhece as mais íntimas expectativas do nosso coração. Jesus é o Filho do Deus vivo, o Messias prometido, que veio à terra para oferecer à humanidade a salvação e para satisfazer a sede de vida e de amor. Como seria vantajoso para a humanidade acolher este anúncio que traz consigo a alegria e a paz!”
Como bem disse o Papa Bento XVI, a catequese hoje tem que ser refundada. Se uma das lacunas de nossa Igreja é o número suficiente de ministros ordenados nas periferias, e mesmo nos grandes centros, as distintas autoridades eclesiásticas deveriam redescobrir o primordial papel da Catequista como aquela presença preciosa e oficial da Santa Igreja a ensinar a verdade que não envelhece e a conduzir para os caminhos corretos da sã tradição as crianças, jovens e adolescentes, para que se matriculem na autêntica escola de Jesus.
O catequista é a continuação das mãos e dos pés do Pároco e dos seus vigários. Como seu principal colaborador, o catequista nos enleva na gênese do mistério trinitário.
Assim, três perguntas se fazem necessárias no contexto atual de grande secularização:
1 - O que a Igreja espera do catequista?
2 - O que podemos oferecer ao catequizando?
3 - O que esperamos dos pais de nossos catequizandos?
No centro de toda a discussão está o modelo de Igreja que queremos: uma Igreja apenas instituição ou uma Igreja comunidade viva de fiéis?
Juntando as duas experiências riquíssimas da Igreja, o catequista vai aprofundar o seu aluno no mistério de Deus, envolvendo toda a sua família, para que ela sinta a necessidade de pertença à Igreja de Jesus Cristo.
O que nós anunciamos?
Qual deve ser o anúncio dos catequistas?
Evidentemente que Jesus Cristo, morto e ressuscitado, nos chama a segui-Lo, a colocar em prática o Seu Evangelho da Vida, como nos lembra São Paulo: “No que se refere à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa união com ele, nós vos pedimos, irmãos: não deixeis tão facilmente transformar a vossa cabeça, nem vos alarmeis por causa de alguma revelação, ou carta atribuída a nós, afirmando que o Dia do Senhor está próximo. Que ninguém vos engane de modo algum. Deus vos chamou para que, por meio de nosso evangelho, alcanceis a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, portanto, irmãos, ficai firmes e conservai firmemente as tradições que vos ensinamos, de viva voz ou por carta. Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou em sua graça e nos proporcionou uma consolação eterna e feliz esperança, animem os vossos corações e vos confirmem em toda boa ação e palavra” (2Ts 2,1-31;14-17).
O catequista nos leva a este encontro pessoal e comunitário, que ninguém pode nos afastar, do estar com Cristo na junção do compromisso com a pessoa e com a missão de Jesus. Trata-se de uma entrega consciente e obediente de fé, que somos levados pelos catequistas. O grande inaudito trabalho dos catequistas é a comunicação da transmissão do Evangelho dos tempos atuais.
Por isso, os catequistas sejam louvados e valorizados na sua premente missão sempre atual e única na Igreja de Cristo. Amém!
Por: Padre Wagner Augusto Portugal
Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/pewagner/06.htm